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Atualizado: 17 de outubro de 2025
Esguedelhados, negros, pela praça, Rangendo os dentes, gritam a quem passa: Vingança, só vingança, só vingança! Deixa-los trovejar pelos outeiros... Oh! Deus lhes mande a paz! Ao longe vêdes? os cavadôres, Filhos do campo, filhos da leiva, De olhos escuros e cismadores, Olhos ingénuos de trovadôres... Cantam os campos, cantam as flores, Cantam a seiva...
E marmoreo, espectral, com a fronte sombria Banhada no suor sangrento da agonia Foi deitar-se outra vez na leiva tumular, Athleta que expirou tranzido de mil dôres E quer dormir, dormir entre as hervas e as flores Onde escorre piedosa a branca luz do luar.
A terra, o fogo, a água e o nosso braço, quanto a criação sonhou de grande e belo e santo e generoso, desde a fecundidade casta duma leiva até ao nosso alento, consumido pela consciência do dever cumprido, todos Ceres arrastou em seu mistério, todos são seus escravos, obreiros dóceis, servos diligentes da sua caridade. E a sua esmola, o pão, que por igual aviventa nos berços a inocência, renova a energia ao cavador, e piedosamente desce
E o lyrio da justiça; a grande flôr sagrada, Nem sempre mostra, em vós, aberta e desdobrada, As petalas de luz! Eu quando porem lanço as vistas ao futuro E vejo dia a dia a despontar mais puro O grande sol da idéa, em rubidos clarões, Recordo-me que sois a productiva leiva Aonde já circula uma opulenta seiva, De grandes creações!
A virgem reconheceu no anjo o mancebo que a saudára com as palavras mysteriosas, cuja promessa cumpria-se e José reviu o divino emissario que lhe apparecera em sonho, sob a figueira do horto, defendendo a innocencia de Maria, em cujo seio, cemo em corolla de flor, a Graça perpassava em genese immareavel, fecundando-o como o sol fecunda a leiva, eternamente pura. Lyrios Clareava.
Dia a dia, hora a hora, o Pensamento lavra Esse fecundo chão onde se esconde e medra A semente que vae germinar na Palavra, Cantar no Som, florir na Côr, sorrir na Pedra! Basta que certa luz de seus raios aqueça A semente que jaz na sua leiva escondida, Para que ella, a sorrir, desabroche e floresça, De perfumes enchendo as estradas da Vida.
E imediatamente, vergado ao hábito da obediência, submetido ao jugo da escravidão que sempre, no decurso duma vida trabalhosa e amarga, o coagia a rojar-se, a fazer-se mais pequeno diante dos poderosos, atirando a enxada para a leiva revolvida, aproximou-se de Nuno, baixando a cabeça descoberta como para receber o justo castigo duma grande falta. O senhor perdôe... Eu não sabia...
Raizes profundas que nenhuma charrua destroe apesar de revolta a leiva pelo ferro das conquistas, depois de esmagadas as folhas e troncos pelo tropear dos cavallos de guerra, depois de queimados e reduzidos a cinzas pelos incendios das invasões: embora se lancem novas sementes á terra e nasçam vegetações novas, essas raizes profundas tornam a reverdecer, crescem, dominam um chão que é seu, e afinal convertem ou esmagam, transformam ou exterminam, de um modo obscuro, lento, mas invencivel as plantas intrusas.
D'um lado e d'outro, nos campos, fazia-se a lavoura. Duas juntas de bois castanhos, aguilhoados pelo lavrador, tiravam lentamente o arado, que ia levantando e revolvendo a leiva. Áquem e além, no declive do monte, d'entre a verdura tenra da enfesta, alvejavam as frontarias caiadas d'alguns casalejos, batidos do sol do meio dia. Era um calor de rachar!
Como gotas candentes destiladas de cristalinas urnas de safira que vertessem sobre a terra o azul dos céus para converter em luz a inércia e a treva, o Estio derrama sobre os campos queimaduras adustas dos seus fogos incendiando-lhes a fecundidade. Mirrou-se a leiva. A fonte emudeceu. Endureceu-se o pâmpano na vide. O viço converteu-se em austeridade, denegrindo a espessura da floresta.
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