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Atualizado: 28 de outubro de 2025
No dia seguinte, de manhã, correio. Pai Saavedra aguardava com impaciência os jornais, que deviam já trazer o resultado das eleições em Buenos-Aires. Confirmava-se a vitória dos socialistas.
Trindade Coelho, que hoje ocupa um proeminente lugar no jornalismo da capital, fez ainda há pouco algumas das suas melhores armas na imprensa em Portalegre, onde criou dois jornais, um dos quais ainda vive, que tiveram vida gloriosa enquanto os animou o trabalho do distinto estilista. Não só nos seus escritos passados, mas então, conhecemos o grande valor que indiscutivelmente possui.
O Govêrno Provisório, sorrindo desdenhosamente, tomava no emtanto as suas medidas de defeza, ordenava prevenções rigorosas nos quarteis. As redacções dos jornais monárquicos eram assaltadas por magotes de homens armados e coléricos que partiam o mobiliário, empastelavam o tipo, espatifavam as maquinas de impressão, pondo tudo em fanicos, pelas janelas, no meio da rua.
Lá em baixo, a brunir. Vai chamá-la, enquanto eu entretenho a criança murmurou Júlia, dirigindo-se ao quarto. Nuno pegou nos jornais e nas cartas apressadamente lidas e desceu ao pavimento inferior, gritando pela ama do filho, que acudiu tôda afogueada do calor do ferro.
Eram jornais e cartas que Nuno começou a abrir distraídamente, enquanto Júlia continuava a arrumar com mais ordem e mais elegância as peças do mobiliário, a deitar água nas jarras das flores, a espanejar o pó leve que maculava o verniz das étagères. Tu não tens quem faça êsse serviço? perguntou Nuno, parando um momento de lêr a sua correspondência. Oh! filho!
Se êle fôsse um guarda-livros de um banqueiro, primeiro caixeiro de um armazêm de sêdas... Nisso há uma sombra de poesia os milhões que se revolvem, as frotas mercantes, a brutal fôrça do oiro, ou então dispôr ricamente os estofos, os cortes de sêda, fazer correr a luz nas ondulações dos moirés, dar ao veludo as molezas da linha e da prega... Mas num restaurante como se pode exercer o gôsto, a originalidade artística, o instinto da côr, do efeito, do drama a partir nacos de roast-beef ou de presunto de York?!... Depois, como êle disse, dar a comer, fornecer alimento, é servir exclusivamente a pança, a tripa, a baixa necessidade material: no restaurante, o ventre é Deus: a alma fica fóra, com o chapéu que se pendura no cabide ou com o rôlo de jornais que se deixou no bôlso do paletot.
Mais do que este motivo domina-me o de não poder alongar demasiadamente a apreciação que estou fazendo. Muitas das páginas que Trindade Coelho reuniu no seu livro já as havíamos lido e simultaneamente admirado, publicadas em diferentes jornais.
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