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Atualizado: 6 de julho de 2025
Foi mesmo necessario que Amelia a levasse a baixo, ao quarto da S. Joanneira, a reconfortal-a caridosamente com um calix de geropiga. Ameliasinha, disse então João Eduardo, se eu sou cá necessario para alguma coisa... Não, obrigada. Ella está por instantes, coitadinha.
A S. Joanneira esperava no alto da escada; uma criada, enfezada e sardenta, alumiava com um candieiro de petroleo; e a figura da S. Joanneira destacava plenamente na luz sobre a parede caiada. Era gorda, alta, muito branca, d'aspecto pachorrento.
Representavam-se-lhe já os gritos em casa, a noite do parto, a S. Joanneira eternamente em lagrimas, toda a sua tranquillidade extincta para sempre... Mas diga alguma coisa! gritou-lhe Amaro desesperado. Que pensa vossê? Veja se tem alguma idéa... Eu não sei, eu estou idiota, estou de todo! Ahi estão as consequencias, meu caro collega. Vá p'r'ó inferno, homem!
Antes do chá a S. Joanneira levava-a sempre ao seu quarto, onde guardava para ella uma garrafa de geropiga velha: e alli as duas amigas tagarellavam muito tempo, sentadas em cadeirinhas baixas.
E continuava a viver só: o conego nunca vinha á rua das Sousas, «porque, dizia, era casa que só o entrar n'ella até se lhe agoniava o estomago». E Amaro, cada dia mais amuado, não voltára a casa da S. Joanneira.
Tinham tomado um certo vestuario entre o preto e o rôxo: toda a casa cheirava a cera e a incenso; e a S. Joanneira, mesmo, monopolisára o commercio das hostias. Assim passaram annos.
Depois, ao fim da semana, foi a jornada da S. Joanneira para a Vieira, de noite, por causa da calma. A rua da Misericordia estava atravancada com o carro de bois, que conduzia as louças, os enxergões, o trem de cozinha; e no mesmo char-
João Eduardo gozava prodigiosamente «d'aquelle fallatorio que ia pela cidade». Relia então o artigo com uma deleitação paternal; se não receasse escandalisar a S. Joanneira, desejaria ir pelas lojas dizer bem alto fui eu, eu é que o escrevi! E já ruminava outro, mais terrivel, que se deveria intitular: O diabo feito ermita, ou O sacerdocio de Leiria perante o seculo XIX!
E falle á noite á Ameliasinha, disse ao sahir. Eu venho ámanhã, e felicidade não ha de faltar... Louvado seja Nosso Senhor! acrescentou a S. Joanneira retomando a sua costura, com um suspiro de muito allivio. Apenas n'essa tarde Amelia voltou do Morenal, a S. Joanneira, que estava pondo a mesa, disse-lhe: Esteve ahi o João Eduardo... Ah!... Ahi esteve a fallar, coitado...
Mas o facto saliente da sua vida o facto commentado e murmurado era a sua antiga amizade com a snr.^a Augusta Caminha, a quem chamavam a S. Joanneira, por ser natural de S. João da Foz. A S. Joanneira morava na rua da Misericordia e recebia hospedes. Tinha uma filha, a Ameliasinha, rapariga de vinte e tres annos, bonita, forte, muito desejada.
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