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Não tendes roto o calcanhar da piuga? Não tendes uma estriga, um fuso, e roca? Mandai-as trabalhar; dai-lhe a sciencia Precisa para o rol da roupa suja. Quem é o parvo que espozar-se queira Com litterata alambicada e chocha? Sentada n'um sophá, sapho saloia, Em languida postura requebrada, Se eu visse a minha Antonia! ai que panasio, Que revez de careca eu lhe pregava!

ERGASTO. Consente agora, ó Delio, que chorado Em triste verso seja apartamento, Que assi me deixa triste e magoado. DELIO. Não: que se dobrará meu sentimento. Mas se queres, Ergasto, que m'esqueça Partida, que lembrada he tormento, Canta aquelle Soneto, que começa: Quantas vezes do fuso s'esquecia. Que digas hum dos teus, não sei se o peça.

Com que alegria, Ou satisfação, Levantára o fuso Que te cáe ao chão; Eu t'o entregaria Com a cortezia Que no amor é uso, Declarando então: Eil-o, em homenagem D'esta vassalagem De leal coração; Para sempre agora Não cahirá, senhora, Mais da vossa mão. Emquanto o moço cantava a endecha apaixonada, todos procuravam com os olhos se se denunciava pelo rubor a rapariga que a inspirára.

Amo o teu forno, tão social á noite; a simples sala, quasi sempre deserta; a livraria, deserta rara vez; estas alcôvas, que enche um leito; e a adega, assoviada do alvo sôpro do Norte; e o fuso, e a pia da cheirosa vendima; e o teu celleiro, alto, arejado, e tão patente aos pobres, como as portas do templo convisinho.

Outr'ora, em seu mirante, pensativa, Muitas vezes a luz da madrugada A via entre boninas, enlevada, Nos sons d'uma guitarra fugitiva. Agora, a Beatriz do Poeta abstruso, A Elleonora das canções do Tasso, A Nathercia gentil do cantor luso, Sol perdido em nevoeiro escuro e baço, A citharas prefere a roca e o fuso, Aos meus cantos, presuntos de Melgaço!

Ao cair o fuso despertou do extasi, abriu os olhos, e viu diante de si um cavalleiro magnificamente vestido, tendo na mão um gorro de velludo preto, com uma pluma vermelha, da côr do fogo. O cavalleiro saudou-a respeitosamente, e, com uma voz harmoniosa e galanteadora, perguntou-lhe: Qual é o caminho da cidade

As cidades com os nomes romanos ferviam por ahi, as estradas militares cortavam o paiz, e uma pessoa podia ir de Lisboa até Roma sem perguntar a ninguem. Hoje diz-se: quem tem bôca vae a Roma. Pois n'aquelle tempo, e com as estradas militares, bastava ter pés e olhos, ía-se direito como um fuso. Havia caminho de ferro? perguntou o Caneira embasbacado. Qual caminho de ferro, bruto!

E Margarida foi-a seguindo com um olhar d'inveja, o que inquietou no paraizo o seu anjo da guarda. O fio de linho não passava tão rapidamente entre os dedos de Margarida, a roda cessára o seu barulho monotono, e o fuso caira-lhe das mãos.

N'aquellas roscas todas Que, olhando-se-lhes bem, São outras tantas rodas Em cima d'onde vem; N'aquelle parafuso Aquelle rodopio, Á roda como um fuso Suspenso pelo fio; Com a cabeça chata, Aquelle olhar feroz, Aquelle olhar que mata Sempre de fito em nós? Assim d'essa maneira

Está prompta a cêa, e começa a cahir a orvalhada, que a tarde vae nevoenta." "Vamos , vamos , Anna Margarida; vinde guiar-me." E Anna Margarida, ama de mestre Affonso Domingues, saiu da porta com a roca ainda na cincta, e o fuso espetado entre o linho e o ourêlo que o apertava. Chegando ao do velho, tocou-lhe com o braço, em que elle se firmou, tornando a erguer-se.

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