Vietnam or Thailand ? Vote for the TOP Country of the Week !
Atualizado: 20 de junho de 2025
Era em seus olhos duma luz magoada Que elle sentia palpitar a vida, Nathercia! a virgem branca e dolorida, A alma da sua alma, a bem-amada! Era em seus labios de escarlate vivo, Efflorescentes de caricia e lava, Que o coração do poeta se abysmava Como num banho de perfume activo. Foi assim que elle a amou lyricamente, Ora em sonetos de paixão fremente E eclogas cheias de saudade triste;
Assim foi que a morte igualou no somno derradeiro e glorioso o poeta guerreiro e o poeta monge, dois leaes amantes antigos, dois finos corações namorados, que pulsaram, um cingido na cota, o outro oppresso no habito, por duas damas formosas, Nathercia e Branca, que por longo tempo hão de viver, não em o mundo phantastico dos poetas, mas na extensa galeria das grandes dedicações portuguesas.
Outr'ora, em seu mirante, pensativa, Muitas vezes a luz da madrugada A via entre boninas, enlevada, Nos sons d'uma guitarra fugitiva. Agora, a Beatriz do Poeta abstruso, A Elleonora das canções do Tasso, A Nathercia gentil do cantor luso, Sol perdido em nevoeiro escuro e baço, A citharas prefere a roca e o fuso, Aos meus cantos, presuntos de Melgaço!
Vermelho o labio, sorridente e ameno; Breve a cintura; o collo, assetinado; Um donaire, das outras invejado; Magras as mãos; o pé, leve e pequeno: Eis a dama por quem chorando anhélo! Rival das graças do cinsel iónio, Mas fria como a neve: o meu flagello! Eis a minha Nathercia, o cruel demonio Por quem vivo perdido, mas tão bello Que nem lhe resistira Santo Antonio!
Palavra Do Dia
Outros Procurando