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Atualizado: 5 de junho de 2025


ERGASTO. Claros olhos, que ao sol fazeis inveja, Que brandos vos mostreis ja vos não peço; Mas que poder-vos ver paga me seja, Se por tamanho amor tanto mereço: Armados d'esquivança então vos veja Cheios d'hum não sei que, com que pereço; Que doce me será tal esquivança. Doce o morrer, qu'em olhos taes s'alcança!

Ó meus peludos e rudes herois da aventura e do crime! Minhas marítimas feras, maridos da minha imaginação! Amantes casuais da obliqùídade das minhas sensações! Queria ser Aquela que vos esperasse nos portos, A vós, odiados amados do seu sangue de pirata nos sonhos! Porque ela teria comvôsco, mas em espírito, raivado Sôbre os cadáveres nus das vítimas que fazeis no mar!

Se o fazeis por interesse, basta o que tendes; se mais quizerdes, passamos signal; se nós podermos, com o mais constará a pontualidade... Tende lastima de um reino que, sendo antigamente um mar, se vai esgotando a Castella por um Rêgo. Nosso Senhor vos converta, e vos traga a nossas mãos, para augmento d'este reino, e vida e paz e quietação de seu rei. Evora 27 de agosto de 1637.

Bons castellos leaes nas rochas construidos, Ás contorções do vento, á chuva ennegrecidos, Que vamos admirar na angustia dos poentes; Grandes sallas feudaes com tellas de parentes, O que fazeis de , como entre os nevoeiros, Os antigos heroes e as sombras dos guerreiros?! Uma grande tristeza enorme vos habita!

O que fazeis dispersas pelo ar?!... E ha que tempos ha , fogos siderios, Que ides assim como uns brandões funereos Que levaes o Deus Padre a sepultar?! Ha que tempos, dizei! Ha muitos annos?... E, com tudo, astros santos, deshumanos, A vossa luz é sempre clara e egual! Ha muito, que sois bons, castos, brilhantes!... Mas, tambem... ó crueis! sempre distantes... Como dos nossos braços o Ideal!

Talvez a herva cresça, agora, em vossos peitos, Pois bem, que dizeis hoje aos vermes que vos comem? Que sonhos maus fazeis n'esses extremos leitos? Choraes o ter gastado o tempo que nos foge, Entre essas solidões e esses muros estreitos?!... Monges, o que haveis feito, inda o farieis hoje?! Quem saberá «signora» d'onde terá nascido esse bello lyrio branco?

Saltitaes, requebrae-vos; gestos e affabilidade são artificio, zombaes das creaturas de Deus, e fazeis passar por ignorancia o que é simples e pura affectação. Nem quero pensar em vós, mulheres; foi o que me enlouqueceu. Digo que não teremos mais casamentos, todos que estão casados viverão, excepto um, os outros ficarão como estão. Professa, entra para um convento, vae. Adeus.

Mas não he este o lugar para esta discussão, he tempo sim de confrontar uso de razão com uso de razão, o uso que eu faço com o uso que vós fazeis, ou vos considerei como discipulos, ou vos assoalheis como irmãos terriveis, e veneraveis: e se esta disputa terminar em desvantagem vossa, sereis obrigados a confessar racionavel a minha , depois que tantas vezes a tendes escarnecido, e me tendes provocado, e até reprehendido como rebelde ao bom sizo, como desprovido de razão, e até ingrato á humanidade.

Esta beldade. Ondados fios de ouro reluzente, Que agora da mão bella recolhidos, Agora sôbre as rosas esparzidos Fazeis que a sua graça se accrescente; Olhos, que vos moveis tão docemente, Em mil divinos raios incendidos, Se de me levais a alma e sentidos, Que fôra, se eu de vós não fôra ausente?

Que fazeis, Senhor!... Pois tendes animo de deixar na orphandade tantos filhos vossos, que mais não são todos os portuguezes?!... Se não quizerdes proseguir na empreza de Castella, não podereis ainda, uma e muitas vezes, mostrar ao mundo quanto valeis, combatendo novamente os infieis, e alargando os dominios de além-mar?!... E não será isto porventura entregar-vos ao serviço de Deus, com proveito e gloria de voss'alteza e da nossa patria querida?!...

Palavra Do Dia

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