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Atualizado: 30 de abril de 2025
Comtudo não menos raro é, que a esses homens de espirito e coração privilegiados, a humanidade tenha aberto os braços antes de lhe mover uma guerra de morte. Porque elles vêem mais longe que o vulgar dos espritos, advinhando o que outros não comprehendem, são sempre o alvo da inveja dos maus a espicaçar a aversão dos nescios.
A quem farão os Hymnos, Odes, Cantos, Em Thebas Amphion, Em Lesbos Arion, Senão a vós, por quem restituida Se vê da Poesia ja perdida A honra e gloria igual, Senhor Dom Manoel de Portugal? Imitando os espritos ja passados, Gentis, altos, Reais, Honra benigna dais A meu tão baixo, quão zeloso engenho. Por Mecenas a vós celebro e tenho; E sacro o nome vosso Farei, se alguma cousa em verso posso.
DELIO. Pastores, que alcançar pudestes tanto Com vossa branda Musa, que ja nesta Idade renovais o antigo canto; Para vosso louvor, que verso presta? Qu'hera digna será? que louro dino Qu'em premio a cada qual adorne a testa? Em parte paga Amor, se de contino Por dentro a cada hum gasta os espritos, Pois co'o divino canto o faz divino.
Das castas virgens sempre os altos gritos, Clara Lucina, ouviste, Renovando-lhe as fôrças e os espritos: Mas os daquelle triste, Ja nunca consentiste Ouvi-los hum momento, Para ser menos grave o seu tormento. Não fujas, não de mi! Ah não t'escondas D'hum tão fiel amante!
E ella a dar-lhe com os espritos!... Parecem-me doudas! Quem vos ensinou esse palavriado de latinorios e berliques-berloques que ninguem entende?
O dia que fui nascida, Minha mãe do parto forte Foi sem cura fallecida; E o dia que me deo vida Lhe dei eu a ella a morte. Do mesmo parto nasceo Meu irmão, que entre os cabritos Comigo tambem viveo; Mas, assi como cresceo, Crescêrão nelle os espritos. Foi-se buscar a cidade; Teve juizo e saber; Eu fiquei, como mulher, E não tive faculdade Para poder mais valer.
A rôla seu amor suspira e geme; Escondida se queixa Philomella: Parece que do campo inda se teme. Espanta a quem se atreve, ver aquella Rocha por cima d'ágoa pendurada Como ja se não deixa cahir nella. Ó ribeira do Lima, celebrada De mil brandos espritos sempre sejas, Sempre de brandas Nymphas povoada.
Se, emfim, os meus espritos, de pequenos, A merecer não chegão seu tormento, Que quero eu mais, que o mais não seja menos? A causa, pois, m'esforça o soffrimento; Porque, a pezar do mal que me resiste, De todos os trabalhos me contento; Que a razão faz a pena alegre, ou triste. Entre rusticas serras e fragosas, Compostas d'asperissimos rochedos, De salitradas lapas cavernosas;
Que é? os avôs do esprito? Não creia n'isso; nas carmelitas não ha espritos ruins... Ri-se? ora queira Deus que não chore ainda... Quem lhe disse que andavam espritos nas carmelitas? Olha as sanctinhas! coitadas!...
Huma só cousa quero encomendarte, Para repouso algum de meu engano, Antes que o tempo, emfim, de mi te aparte: Que s'esta fera, qu'anda em traje humano, Por a montanha vires ir vagando, De meu despôjo rica e de meu dano, Comos vivos espritos inflammando O ar, o monte e a serra, que comsigo Continuamente leva namorando; Se queres contentar-me, como amigo, Passando, lhe dirás: Gentil pastora, Não ha no mundo vício sem castigo.
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