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Atualizado: 13 de julho de 2025
Este edificante discurso de caridade foi interrompido pela madre escrivã que vinha, palitando os dentes, pedir á prelada um copinho de certo vinho estomacal com que todas as noites era brindada. Estava eu a dizer a esta menina as peças que são a organista e a mestra disse a prioreza. Oh! são para o que lhe eu prestar! Lá foram ambas para a cella da porteira.
Ahi vem a lêsma... Fallemos n'outra coisa... A prelada vinha entrando, e a escrivã proseguiu assim: Não ha, não ha nada mais agradavel que a vida do convento, quando se tem a fortuna de ter uma prelada como a nossa... Ai! eras tu, menina? Olha, se estivessemos a fallar mal de ti! Eu sei que tu nunca fallas mal de mim disse a prelada, piscando o olho a Thereza.
Assim é, nossa madre! obtemperou a escrivã, offerecendo uma vez de simonte á madre boticaria, e olhando de esconso contra um official que lhe careteava enviezando o beiço de baixo até cobrir a ponta do queixo. O verso e o reverso das coisas d'este planeta, leitor philosopho!
No peito nú e descarnado do Christo reflectia-se, como uma chaga viva, a luz vermelha da lampada de latão suspensa do docel. A escrivã passou o braço com protectiva ternura á cinta de Gertrudes, e encaminhou-a para diante da abbadessa, dizendo-lhe a meia-voz: Beije a mão á nossa madre-abbadessa, menina.
A esta hora está a menina a ser cortada por aquellas linguas, que não perdoam a ninguem. Vaes tu vêr se ouves alguma coisa, minha flôr? disse a prelada. A escrivã, contente da missão, foi imperceptivelmente ao longo dos dormitorios até parar a uma porta que não vedava o ruido estridente das risadas.
Que diz a menina?! perguntou a prioreza, fitando-a por cima dos oculos, e apanhando no lenço escarlate a distillação do esturrinho. Disse eu que me sentia aqui muito bem, minha senhora. Não diga minha senhora atalhou a escrivã. Como hei de dizer? Diga «nossa madre prioreza.» Pois sim, nossa madre prioreza, disse eu que me sentia aqui muito bem.
Algumas escrupulisaram de assistirem ao debate da professa nos braços das mais novas, e congregaram-se na cella da escrivã para decidirem que o demonio entrara no corpo de Carlota. O voto da mais auctorisada era que se chamasse o capellão para exorcismar a energumena.
Tudo, Maria, tudo providencialmente arranjado. Vaes ser hospeda da sr.^a escrivã, em quanto eu não posso por meios certos que Deus me ha de deparar comprar-te uma cella no convento. Depois, o teu trabalho dar-te-ha uma subsistencia certa. Fallaremos, fallaremos... Vamos embora. Maria foi, quasi desfallecida, encostada ao hombro do padre, até entrarem n'uma sege de praça que os esperava no portão.
No entanto dizia a prelada a Thereza: Esta escrivã não é má rapariga: só tem o defeito de se tomar da pinguleta; depois não ha quem a ature. Tem uma boa tença, mas gasta tudo em vinho, e tem occasiões de entrar no côro a fazer ss, que é mesmo uma desgraça. Não tem outro defeito; é uma alma lavada, e amiga da sua amiga.
Como tocasse ao côro n'esta occasião, a veneranda prioreza bebeu o segundo calice do vinho estomacal, e disse a Thereza que a esperasse um quarto de hora, que ella ia ao côro, e pouco se demoraria. Tinha ella sahido, quando a escrivã entrou a tempo que Thereza, com as mãos abertas sobre a face, dizia em si: «Um convento, meu Deus! isto é que é um convento!» Está sósinha? disse a escrivã.
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