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Atualizado: 2 de setembro de 2025


Escrevo um romance, ou antes descanto em prosa uma virtude, porque não desafinarei, em quanto possa, a lyra em que fiz soar algumas poesias, unicas de que me não culpo, nem arrependo. As outras... Se eu pudesse avaliar a vossa opinião, consolava-me de não ser enganado pela minha consciencia de christão e de artista. Porto em 1853.

«E com esta disciplina e regular dieta trabalho, rezo, escrevo e medito ha muitos annos sem descançar nem um dia e sem interromper o trabalho, que executo de joelhos por divino milagre, ha quantos annos?

Nutri-me do pão negro e duro dos marujos. Bebi agua empoçada que me dava a cisterna. E desde o dia que entrei ahi até ao dia em que isto escrevo, nunca mais sahi da casa triste. Prostrado sobre a folhagem dura, sentado no banco estreito, com os joelhos justa-postos, os braços pendidos, as mãos inclavinhadas, a face descaida, deixei correr os dias indifferentemente.

Mendoça cumpril-a, e serviriam d'obstaculo os negociantes de politica, que não é a primeira vez que negoceiam com o meu credito, com o meu suor e com o meu sangue?... Fóra d'ahi, snr. Mendoça! Um homem de probidade austera, não póde conservar essa posição. Olhe que não escrevo isto para augmentar os seus embaraços.

Vae; Vae acolher-te á sombra de teu pae; Vae abrigar-te n'essas consciencias Que salvam e redimem existencias! Satisfeito foi o seu recado... Margarida Pois outro tem de ser executado E deligentemente. Espera um pouco, Emquanto escrevo á Dona d'esse louco Que hoje me abandonou. E na pequena Segura . Alguns traços de pena, E prompto. Nada mais ha a fazer Na consciencia de tão reles mulher!

Abre-se, então, um longo silencio, que as minhas cartas não conseguem quebrar e que me inquieta progressivamente. Em julho, cedendo ás minhas instancias, vêem duas palavras pelo telegrapho: «Mercedes sempre doente. Estou desolado.» E em setembro, uma carta, de 26 de agosto, com tristes noticias: «Tem razão para se queixar do meu silencio, mas não escrevo a ninguem.

Conheço alguns Senhores de engenho, que se distinguem pela sua instrucção; para estes não he que escrevo; a minha obra he dirigida sómente, aos que sabem ainda menos do que eu, e que estão inteiramente entregues á disposição dos seus obreiros. A cultura actual, respeito á que se propõem, faz huma grande differença.

Para estas pois é que eu escrevo, na certeza de que, se não lhes merecer os seus louvores, conseguirei ao menos a sua compaixão, e o seu affecto, que é toda a minha ambição e o unico objecto d'esta pequena descripção. Vicente Lunardi

E eu que escrevo isto serei eu demagogo? Não sou. Serei fanatico, jesuita, hypocrita? Não sou. Que sou eu então? Quem não intender o que eu sou, não vale a pena que lh'o diga... Perdoa-me, leitor amigo, uma reflexão última no fim d'este capítulo ja tam seccante, e prometto não reflectir nunca mais.

Os leitores, convisinhos do local onde escrevo, sabem que não estou phantasiando.

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