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Revela-me num gesto os mais altos modelos Do Verso lapidar, para n'elle esculpir Com encantos de deusa e doirados cabellos, Essa flôr de volupia a tremer e a sorrir! Ensina-me em segredo o genio incomparavel De poder transformar os versos que componho, E d'um jacto fundir, com uma arte impeccavel, N'um distico immortal, a visão do meu Sonho!

Meu pensamento, occupaste-o E tanto pensei em ti, Que o coração perdi... Tu vieste e apanhaste-o. Ensina-me pois agora A desfazer a meada. São parciaes os juizes, E a justiça demorada. Bem sei que perdia a causa... Que meio? Lembra-te algum? Tu tens dois corações, E eu não tenho nenhum. Para que nos custe menos A resolver a questão, Expliquemo-nos. Ha males Que ás vezes nos trazem bens.

Ensina-me a pintar o que é ficarmos sós! Que eu saiba lêr nos corações desfortunosos, Que eu apprenda a cantar com lagrimas na voz!

Dir-se-ia que tinham desapparecido com João Penha e com o seu tempo essas télas vivas de Van Laar, que revestiram as paredes das Camêllas; paineis pagãos, dignos de Ticiano e de Poussin, onde a Fabula parecia sorrir ainda, coroada de pampanos, no verso bachico do auctor do Vinho e fel: Dá-me esse onagro de vigor silvestre, E os ôdres fundos, oh Sileno antigo: Ensina-me na dor: tu és mestre.

Era... mas... que hei de eu dizer-lhe? Ensina-me Eugenia. Eu sei !... não lhe digas nada... Quando o pae não vir, offerece-lhe as flores. O melhor era deitar o ramo no chapéo. Mas se elle o deixa ver ao papá? redarguiu Eugenia. Deus nos livre! E que pensas tu?... De que, Paulina? Se elle te ama? Sim... Pois não vês?! Eu ia jurar que sim... E tu? tu é que devéras gostas d'elle...

Queria responder-te de joelhos, Carlota! Tu és um anjo, és um bem que eu não mereço a Deus, e receio desagradar-lhe se faço soffrer teus paes, que, de certo, te devem amar muito, e cuidam que te fazem bem, separando-te de mim. Eu se fosse pae, e pae de uma filha assim, dal-a-hia ao primeiro que m'a viesse pedir, sem me mostrar virtudes dignas d'ella? Não diria a esse homem perfidamente que sim, para depois praticar a villania de o afastar, matando-lhe o coração a punhaladas traiçoeiras... não mostraria ao amante de minha filha o céo, para depois o despenhar no inferno; mas... custar-me-hia muito a dizer-lhe: Ahi te dou o thesouro que tive no coração dezesete annos, que guardei para me dar alegria nas amarguras da velhice... leva-o, e deixa-me com a minha saudade irremediavel!... Não, Carlota, é cêdo ainda para dares a teus paes esse desgosto. O teu amor ensina-me a ser nobre. Ha um amor que faz tyrannos e crueis; mas esse amor não é o meu. Sou generoso para todo o mundo, e para os teus mais que para outrem. Ninguem dirá que calculei com os cem mil cruzados de teu pae, quando eu tiver uma casa que te offereça, á hora do dia, na presença de quantos quizerem ver como um homem pobre serve um pobre jantar a sua mulher. Fica, minha querida Carlota, fica em tua casa. Nós exageramos o infortunio.

me ensinaste a trilhar o caminho da virtude e da honra; agora que minha morte tornou-se necessaria, ensina-me a morrer. Oh! Céo! Que escuto?... Deve por ventura a morte ser inspirada por insano impeto d'alma? E julgas-me tu tão vil que não possa tomar inabalavel resolução? Não é a morte agora para mim o menor dos males que me espera? Não é o meu unico recurso? Responde! Ah! tu te calas...

Então, bem vês!... Pois está claro, querida... Obrigado pela tua lição tam digna e tam eloqùente. A tua elevação moral sublima o que em mim ainda existe de grosseiro e de egoista. Sem o teu aviso, continuaria a haver, perto de nós, privações e amarguras. Eu nada via; tu, com a subtileza dum amor materno incomparável, viste tudo, num relance. Ensina-me sempre.

A rouca Lyra, Musa, temperemos, Cordas de ouro lhe ponho: O triste Boticario em paz deixemos, E o Gamaõ enfadonho; Inspira-me huma vez sonoros hinos, Que Apollo julgue deste dia dinos. Ensina-me a louvar do Illustre Angeja Talentos sup'riores; Que soffreo os­ assaltos d'alta inveja, Como soffre os louvores; Cuja alma não conhece vís mudanças, Ou corrão tempestades, ou bonanças.

Palavra Do Dia

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