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Mas quando a derradeira caixa, pregada e cintada de ferro, sahiu do portão do 202 na derradeira carroça da Companhia dos Transportes, toda esta animação de Jacintho se abateu como a efervescencia n'um copo de Champagne. Era em meados tepidos de Março. E de novo os seus desagradaveis bocejos atroaram o 202, e todos os sophás rangeram sob o peso do corpo que elle lhe atirava para cima, mortalmente vencido pela fartura e pelo tedio, n'um desejo de repouso eterno, bem envolto de solidão e silencio. Desesperei. O que! Aturaria eu ainda aquelle Principe palpando amargamente a caveira, e, quando o crepusculo entristecia a Bibliotheca, alludindo, n'um tom rouco, á doçura das mortes rapidas pela violencia misericordiosa do acido cyanhidrico? Ah não, caramba! E uma tarde em que o encontrei estirado sobre um divan, de braços em cruz, como se fosse a sua estatua de marmore sobre o seu jazigo de granito, positivamente o abanei com furor, berrando: Accorda, homem! Vamos para Tormes! O casarão deve estar prompto, a reluzir, a abarrotar de cousas! Os ossos de teus avós pedem repouso, em cova sua!... A caminho, a enterrar esses mortos, e a vivermos nós, os vivos!... Irra! São cinco de Abril!...

Mas logo ás dez horas me desesperei, ao receber, por um moço da Flôr da Malva, uma carta da prima Joanninha, em que dizia «a pena de não poder vir porque o Papá estava desde a vespera com um leicenço, e ella não o queria abandonarCorri indignado á cosinha, onde a tia Vicencia presidia a um violento bater de gemas d'ovos dentro d'uma immensa terrina. A Joanninha não vem! Sempre assim!

Falei mal de Deus e dos homens! Cegou-me o orgulho, e deixei-me arrastar pelas loucuras da tristeza. Desesperei da Providencia no momento em que ella nos accudia!... Deus é grande, filho! O que somos, e o que podem os nossos juizos falliveis em presença da sabedoria eterna?! Arrepende-se?

Pelejo com quem trata paz comigo; De quem guerra me faz não me defendo. De falsas esperanças que pertendo? Quem do meu proprio mal me faz amigo? Porque, se nasci livre, me captivo? E pois o quero ser, porque o não quero? Como me engano mais com desenganos? Se ja desesperei, que mais espero? E se inda espero mais, porque não vivo? E se vivo, que accuso mortaes danos?

Naturalmente desconfiavam do transeunte, do andar vagaroso ou apressado, do olhar inquisidor, do gesto inquieto. Deixei-me ir até á Camara dos Deputados, e parei uns cinco minutos, sem saber que fizesse. Era perto de meio-dia. Esperei mais dez minutos, depois mais cinco, parado, com a esperança de vel-a; afinal, desesperei e fui almoçar. Não almocei em casa.

Palavra Do Dia

interdictca

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