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Porque ninguem o excedeu no manejo do verso, ninguem o trabalhou com mais correcção metrica, mais relevo na phrase, mais arte, mais pericia technica, ninguem lhe deu mais ductilidade, mais elegancia, mais harmonia, mais sonoridade, mais riqueza de rimas, mais graça de rythmo, do que o poeta excellente do Cancioneiro Chinez, da Ilha dos Amores, do Sol de Inverno.

O seu meigo olhar luzente Nem sei bem o que revela... Lembra um lago azul, dormente, O dulcissimo olhar d'ella. Da sua mão pequenina, Disse o imperador chinez: Dava o throno, o sceptro, a China, Pel-a beijar uma vez. Quanto ao que perfeição! Eu nem citarei mais factos: Cabem na palma da mão As fórmas dos seus sapatos. Perolas

Mas aquelle sombrio in-folio parecia estalar magia; cada letra affectava a inquietadora configuração d'esses signaes da velha cabala, que encerram um attributo fatidico; as virgulas tinham o retorcido petulante de rabos de diabinhos, entrevistos n'uma alvura de luar; no ponto d'interrogação final eu via o pavoroso gancho com que o Tentador vai fisgando as almas que adormeceram sem se refugiar na inviolavel cidadella da Oração!... Uma influencia sobrenatural apoderando-se de mim, arrebatava-me devagar para fóra da realidade, do raciocinio: e no meu espirito foram-se formando duas visões d'um lado um Mandarim, decrepito, morrendo sem dôr, longe, n'um kiosque chinez, a um ti-li-tin de campainha; do outro toda uma montanha de ouro scintillando aos meus pés!

Ha treze annos que se publicou a primeira edição do Cancioneiro Chinez. Desde então a poesia, sobretudo no mundo latino, passou pela mais vertiginosa e estranha evolução, resvalando da noble ordonnance parnasiana até a anarchia quasi chaotica do decadismo, do symbolismo, do instrumentismo, do amorphismo e d'outras phantasias prosodicas e metricas.

O heroe escutava, cofiando sombriamente o seu espesso bigode cossaco... O meu prezado hospede sabe o chinez? perguntou-me de repente, fixando em mim a pupilla sagaz. Sei duas palavras importantes, general: Mandarim e chá.

Era um alfinete de gravata, com uma saphira, uma cigarreira de aro fosco, adornada de um florido ramo de macieira em delicado esmalte, e uma faca para livros de velho lavor Chinez. Eu protestava contra a prodigalidade.

A longa permanencia entre as raças amarellas tornára-o quasi um chinez: quando eu o encontrava no claustro com a sua tunica rôxa, o rabicho longo, a barba veneravel, agitando devagar um enorme leque parecia-me algum sábio letrado mandarim commentando mentalmente, na paz de um templo, o Livro sacro de Chú.

Acudiu D. Angelica, quando o barão, mettendo as mãos nas portinholas da japona, á laia de idolo chinez, voltava as costas a sua mulher. Isto que é?! exclamou D. Angelica. Está doudo rematado, minha mãe! disse, a meia voz, a baroneza. Vae-se chamar teu pae, que chegou agora. Nós não podemos viver com um demente...

Nada importa! responderam severamente os economistas francezes: «O chinez é muito trabalhador, vive de quasi nada, contentando-se com um modico salario. Na California, onde um branco exige 10 fr. por dia, o chinez contenta-se com 2 fr. 50. Que venham os bons chinezes, e tanto peior para os operarios francezes, se isso os incommoda. Talvez a lição lhes aproveite

nas Transfigurações e nas Lyricas e Bucolicas, que são as suas juvenilia, esse poder e segurança de technica se haviam revelado. Mas foi no Cancioneiro Chinez que se affirmaram decisivamente. Feijó attingiu ahi o inexcedivel. Ainda me recordo do encanto com que Anthero saboreava essas pequenas composições, finamente desenhadas e coloridas como uma delicada pintura em porcelana ou um cloisonné ricamente esmaltado, commentando-as com um sobrio «

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