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ALICUTO. As conchinhas da praia, que presentão A côr das nuvens, quando nasce o dia; O canto das Sirenas, que adormentão; A tinta, que no Murice se cria; O navegar por ondas, que se assentão Co'o brando bafo, com que o sol s'enfria, Não podem, Nympha minha, assi aprazer-me, Como o ver-te, se em tanto chego a ver-me. Quem diz, que não são estes os formosos?

Ah! sempre cruel e formosa! Quero vêr se, á força de cuidar nas flôres, chego a adquirir os encantos da fioraia.

Tu, cujo peito que aliás encerra O que ha de bello e grande em céo e terra, com duas conchinhas se tapava... Mas em quanto não chego áquella altura D'onde se avista a terra promettida, Irei cantando, distrahindo a vida Com essa invocação suave e pura... Invocação de nome tão suave Como esse olhar!... que eu, de vêr, suspiro!

UMBRANO. Comtigo vou, que quanto mais me chego, Mais gentil me parece a voz que ouviste, Peregrina, excellente; e não te nego Que me faz no peito a alma triste. Nenhum rumor da serra lhe resiste: Nenhum passaro vôa, mas parece Que, do canto vencido, lhe obedece.

Verá que a esperança lhe aligeira o tempo, e as minhas cartas lhe hão de acudir nas más horas da desanimação. Temos Deus por nós. Deus, minha Corinna! Escrevo-lhe estas quatro lettras com quanta uncção póde dar a ardente d'um homem sem culpa. O premio que Deus me é a consciencia de poder assim fallar de mim; e chego a crer que este dom me basta para valer muito em seu conceito.

Mas inda, sôbre o claro desengano, Assi me traz esta alma sobjugada, Que delle está pendendo o meu desejo. E vou de dia em dia, de anno em ano, Apoz hum não sei que, apoz hum nada, Que quanto mais me chego, menos vejo. Ja do Mondego as águas apparecem A meus olhos, não meus, antes alheios, Que de outras differentes vindo cheios, Na sua branda vista inda mais crecem.

Tinha-se Camilla resignado á ordem do pae, mas n'esse dia, como tinha ouvido os gritos do cão, não poude jantar! Lembrava-se ainda que sua mãe, vendo um pequeno camponez ferido por uma ferramenta de que imprudentemente se servira, tinha curado a criança como se fosse sua, dizendo, pallida de emoção: «Chego a estar doente

Se chego a ver tal maquina ultimada, Affectando de grande personagem, Protesto sempre andar de carruagem. Grande cousa ha de ser, se se inventar O modo do vapor nos sustentar! Despeço-me de açougues, e Ribeira, E digo adeos á Praça da Figueira. He tudo isto bem bom; mas o peior He faltar o dinheiro no melhor!

Nasci tambem assim risonho e meigo, Mas hoje apenas chego O calix da ventura Á bocca ancioso, Torna-se a agua impura E o liquido que bebo Venenoso, Sim, venenoso o liquido que bebo. Nem eu concebo Como Deus me creasse Para tormento eterno; Elle que tão affavel, meigo e terno Te beija a ti a face E te embala no collo, Margarida! A mim dar-me esta vida...

JUDAS amarga, mas serenamente, depois de ter meditado por algum tempo: Que mal te fiz, João? Chego a pensar que estudas As tuas aggressões áquelle que te présa! Eu tenho uma alma branca, e a consciencia illésa. De injurias contra mim tu sempre estás faminto! Que mal te fiz, João? Sou culpado de quê? De ter a pélle escura? De ter cabello negro? Isto é para censura?

Palavra Do Dia

rivington

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