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Entenderam os cavalheiros de Basto que o barão fugira doudo á sua familia, e avisaram a baroneza, lembrando-lhe a conveniencia de o passarem a Rilhafolles, antes que a demencia se tornasse incuravel. Chegou o aviso quando Ludovina, avaliando pelas cartas a desorganisação mental de seu marido tinha partido para Celorico de Basto.

V. exctem carros de razão em quanto sustentar o decoro dos lares, e mantiver immaculada a prosapia illustrissima de que borbulhou. Pantaleão olhava para mim, alongando os beiços e franzindo a testa. Eu prosegui: Mas, a fallar a verdade, eu não sei se v. exctem razões assaz fortes para tamanha zanga. O sujeito que namora sua filha é filho segundo de uma illustre casa de Celorico de Basto.

Suspeitavam as attribuladas irmãs que seu irmão tivesse tentado um suicidio, por desgostos desconhecidos, e calasse o desastre para occultar a fraqueza, e obviar a presumpções nocivas á honra de alguem, e á propria memoria. N'estas conjecturas, annunciou-se o barão de Celorico de Basto. Almeida recebeu a parte d'esta visita com excitamento prejudicial ao seu estado.

Não me hei de arrepender, porque espero merecer sempre a sua estima e confiança; mas tenho um favor a pedir-lhe. Diga , seja o que fôr. Desejava que ficassemos na companhia de meus paes. Ficaremos; e quando formos passar algum tempo á nossa casa de Celorico, a nossa familia irá comnosco. Era isso? Não tenho outra ambição.

«Sim, ao respeito, porque D. Angelica amando vinte annos um homem, juro-lhe que não teve uma hora de consciencia quieta, nem intrepidez para sacrificar o coração ao repouso da consciencia. Vinte annos! pois era amor de vinte annos o do tal Almeida que o barão de Celorico arcobuzou? «Mais seria, talvez. Angelica era filha segunda de um fidalgo pobre do Minho.

Não vou de encontro ás crenças de ninguem; Deus me livre. Todavia, raciocinemos, em quanto a razão de si apoucada, não contender com os dogmas indisputaveis da . Saibamos, pois, o que é feito da sympathica personagem do barão de Celorico de Basto.

A nebrina do mar serpenteava por entre as ribas marginaes do Douro. O clarão da lua ia-se descórando ao arraiar do crepusculo. Era a hora menos poetica das vinte e quatro da rotação d'este planeta, onde ás tres horas e meia da manhã, dorme toda a gente que tem juizo, e sabe um pouco de hygiene. O barão de Celorico não dava das bellezas matutinas que o rodeavam.

As irmãs de Almeida ignoravam tudo o que se passára, excepto o ferimento mortal de seu irmão. A denuncia do barão de Celorico fôra segredada ao enfermo pelo proprietario da casa, seu antigo creado. A policia devassára do crime, e nada averiguára das respostas concisas e obscuras de Almeida.

Esse baile correra amargurado para o barão de Celorico. Ao caír da noite, recebera elle uma carta anonyma, da qual não pude haver copia, e, podendo inventar uma, não o faço, que m'o veda o proposito de fidelidade.

No entanto, disseram os medicos á baroneza que a apparição d'esse homem, que o barão julgava sua victima, poderia recobrar-lhe a razão, desopprimindo-a de phantasmas e remorsos, causas principaes da demencia. Ludovina communicou a Almeida as esperanças dos medicos, sem pedir-lhe o sacrificio de se verem. Almeida foi a Celorico de Basto, e encontrou ao da baroneza Melchior Pimenta.

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