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Atualizado: 1 de julho de 2025
O sargento, cujos ossos ameaçou por umas poucas de vezes o cajado, ou antes a clava de Manuel Simões, e que o João da Ventosa não trabalhou pouco por salvar ainda d'esta vez, o sargento, desmaiado e inerte, foi levado para cima de um catre e vigiado por um dos moços com ordem de chamar o lavrador assim que abrisse os olhos.
Mais ao fundo, n'um pobre catre, que era ainda assim o unico traste da casa, jazia a filha mais velha, rapariga dos seus vinte e tantos annos, a quem o soffrimento arrancava gemidos. Uma pobre coberta esfarrapada mal a resguardava. E comtudo, a pobre rapariga estava com uma febre violentissima; o delirio apoderára-se d'ella. Murmurava phrases incoherentes, gemia, soluçava.
Fizera-se preguiçosa: em casa, a cada momento suspendia o seu trabalho, ficava a olhar longamente com um sorriso mudo e fixo; e tudo parecia ficar adormecido um momento, a agulha, o panno que ella costurava, toda a sua pessoa... Estava revendo o quarto do sineiro, o catre, o senhor parocho em mangas de camisa.
Pois pergunta-se a um prisioneiro, a um ferido, a um homem mil vezes deshonrado, se é infeliz? Onde aprendeu esse cynismo de vivandeira? Onde havia de ser! Na taberna e no quartel. Só lá é que se fala assim... E, como ella chorasse á beira do catre: Sabe que eu ainda não estou inteiramente curado, Rosina? Parece-me que deliro ás vezes! Agora delirei eu. Não... não delirei.
Corremos ás tendas: sobre a mesa, a vela que Topsius accendera para se vestir, havia mil e oitocentos annos, morria n'um fogacho livido... E derreado da infinita jornada atirei-me para o catre, sem mesmo descalçar as botas brancas de pó... Immediatamente me pareceu que uma tocha fumegante penetrára na tenda, esparzindo um brilho d'ouro... Ergui-me, assustado.
Passava a mão pela testa, apertando as fontes, tentando recordar o sitio, a forma d'algum pinheiro, o caminho que seguira. Sentou-se no catre, rasgando com as unhas lascadas a carne magra do peito, tremulo, suando frio.
Não viu a irmã, nem a esposa, nem o filho. Finara-se no desamparo e desamor dos indigentes a quem a caridade dos hospitaes empresta um catre ainda quente de outro cadaver. A sua existência havia sido um continuado festim: o que houve formidavelmente serio na sua vida, foi a morte. Morrem assim os que não radicaram, em annos vigorosos, a santa amizade no coração da familia.
Então o procurador, de lei em punho, vem, corre, penhora-o, vende-lhe o catre, expulsa-o do casebre, atira-lhe mulher, creancinhas e avós entrevados para as pedras do caminho... E ahi vae mais um bando de desgraçados engrossar o lamentavel proletariado que povôa a «verde ilha dos bardos». São milhares, são milhões!
Mas caso é que ao abeirar-se de novo do catre do doente, junto do qual estava o Joaquim, descalço, mal remendado, o velho, entreabrindo os olhos e cerrando-os logo para sempre, mal tivera tempo de lhe murmurar, designando vagamente o filho: O pequeno, coitadinho!
Eu levantei-me em pé sobre o catre de pau castanho, pintado de amarello, e presenciei com os cabellos erriçados o desfecho d'aquella tremenda lucta. O dono da estalagem, e o meu criado vieram protocolisar a desordem, distribuindo alguns murros indistinctamente, de que resultou a fuga desordenada das gallegas, para o seu arraial, ficando considerado o meu quarto campo neutro.
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