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Atualizado: 10 de outubro de 2025


A argola puchada pelo carcereiro inflammou-lhe a imaginação e, querendo descobrir o segredo de outras argolas identicas, adiantou-se em direitura da parede. Á imitação do homunculo, puchou com força. Era uma argola de ferro carcomida pela ferrugem de alguns annos. Ella parecia ceder ao primeiro empuxão; mas ficou segura e fixa como se a pretendesse abalar o pulso de uma criança.

§. 76.^o Effeituada a prisão do indiciado, será este condusido logo á Cadeia do Juizo, por onde se passou o mandado, no verso do qual o carcereiro lançará o recibo da entrega, em que se declare o nome, sobrenome, profissão, estado, naturalidade, filiação, e idade do preso, para o que o carcereiro lhe fará as perguntas necessarias. Este mandado com o recibo se juntará aos autos. N. R. J. Art. 1014.

Foi chamado o homem, não obstante as auctoridades brazileiras darem pouca importancia aos pasquins! E para que se não dissesse, que as mesmas davam menos importancia a um portuguez, foi este desde logo recebido com a maior deferencia... pelo carcereiro!... O motivo d'uma recepção tão desigual, fora simplesmente porque o portuguez se chamava Manuel como qualquer brazileiro.

Carcereiro e encarcerado abafaram com um lenço a boca de Simão Rodrigues, por detraz das costas amarraram-lhe os braços com um pedaço do sambenito despido pelo badage e, como se faz a uma rez no matadouro, jungiram-no pela gorja a uma das argolas do carcere. Vamos deixar-te agora, proferiu o badage. Ficarás ahi, filho de Torquemada, entregue ao arrependimento e ao remorso dos teus crimes.

Dado este passo, o creado de Filippe Osorio vestiu, na residencia do carcereiro, a roupa que este lhe deu, e passou por deante das sentinellas, que o julgaram amigo ou familiar do carcereiro. Maria Henriqueta esperava-os no seu quarto da estalagem. Recebeu o creado entre os braços, que se não pejaram de estreitar ao coração o vingador de seu marido. Deu ao homem vendido a quantia estipulada.

Tão desassombrado ia o espirito de Simão, que algumas vezes lhe esvoaçou nos labios ura sorriso, desafiado pela philosophia do povo, ácerca da forca. Recolhido ao seu quarto, foi intimado para appellar dentro do prazo legal. Respondeu que não appellava, que estava contente da sua sorte, e de boas avenças com a justiça. Perguntou por Marianna, e o carcereiro lhe disse que a mandava chamar.

Resolva-se n'este momento. Aceite a independencia onde a quizer gosar. Que responde? Nós falaremos, senhora; mas se me prendem... Siga o preso, que elle vae recommendado a pessoa de Hespanha, que dará a ambos completa segurança, e passagem para o exercito francez, se a quizerem. O carcereiro annuiu, sem grandes oscillações de consciencia. Esperava Maria a resposta de sua mãe com anciedade.

O carcereiro puchou por uma das argolas de ferro pregadas na parede e, mediante um alentado esforço, depressa fez sobresair uma abertura da capacidade de tres palmos de largo e uns sete palmos de alto. Guardando sempre o mesmo silencio, pegou do corpo do badage como se lidasse com uma pluma de ave e, começando de lhe introduzir os pés e as pernas, fechou-o com celeridade na mysteriosa crypta.

Decorridos dois dias, Maria Henriqueta vestiu uma velha roupa, alinhavada ao uso do Minho, e pediu ao carcereiro licença para falar com o preso, que era seu irmão. Foi-lhe concedida, como cousa usual. O preso, ao ve'-la, lançou-se-lhe a chorar aos pés, e disse: Perdôe-me v. ex.ª...

Quando o o carcereiro voltou ao quarto de Simão, entrou acompanhado d'uma rapariga camponeza: era Marianna. A filha de João da Cruz que, até áquelle momento não apertava sequer a mão do hospede, correu a elle com os braços abertos, e o rosto banhado de lagrimas. O carcereiro retirou-se, dizendo comsigo: «Esta é bem mais bonita que a fidalga

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