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Atualizado: 4 de maio de 2025


Captain Rytmel approximou-se de mim.

Acho-a insignificante. Bonitos cabellos, sim. Não se falla n'outra cousa! Mas tu deves conhecel-a... Porque? Tem dançado com Captain Rytmel, parecem intimos. Tu ris? Eu? Não... tu riste! Nunca rio, senão quando quero chorar, minha querida! Tiens, tiens! murmurou ella, olhando muito para mim. E affastou-se. O meu pobre coração ficou em desordem.

A senhora, que se chamava Carmen, era cubana, e segunda mulher de D. Nicazio; era alta, de fórmas magnificas, com uma carnação que fazia lembrar um marmore pallido, uns olhos pretos que pareciam setim negro coberto de agua, e cabellos annelados, abundantes, d'esses a que Beaudelaire chamava tenebrosos. Vestia de seda preta e com mantilha. Estavam em Gibraltar? perguntou Captain Rytmel.

A condessa, sentada n'uma cadeira indiana, olhava para as pequenas povoações hispanholas que assentam na bahia. O official inglez, Captain Rytmel, conversava a distancia com o conde, que adorava a sua figura captivante e altiva, as suas aventuras da India, e a excentrica fórma do seu chapeu, que elle trazia com uma graça distincta e audaz. O capitão tinha na mão um album e um lapis.

Navegamos para Oeste, Captain Rytmel! affastámo-nos de Malta! Que é isto? Para onde vamos? Rytmel olhou longamente a condessa, depois a mim e disse: Vamos para Alexandria. Num relance comprehendi tudo. Rytmel fugia com a Condessa!... Eu fitei Rytmel, e disse-lhe tremendo todo: Isso é uma infamia! Elle empallideceu terrivelmente; mas a condessa, interpondo-se, com uma voz vibrante: Não! sou eu!

Ás vezes, na nossa alma, toca-se de repente a rebate, e as desconfianças adormecidas, acordam, tomam as suas armas, e fazem sobre nós um fogo cruel. Captain Rytmel approximara-se. Vem radiante, disse-lhe eu. Quem é miss Shorn? Elle respondeu gravemente:

Captain Rytmel, disse eu, então mande deitar uma lancha ao mar. Que quer fazer? gritou a condessa. Eu? ganhar a terra. Acha que tambem não é uma infamia installar-me n'este navio? Está louco, disse Rytmel, ha um escaler a bordo. O vento cresce, o mar incha. O escaler não se aguentará dez minutos. Melhor! Um escaler ao mar! gritei eu. Ninguem se mecha! bradou Rytmel.

No emtanto Captain Rytmel, sentado junto de Carmen, fallava da India, de velhos amigos de Calcuttá, de recordações de viagens. A condessa não comia, parecia nervosa. Vou para cima, disse ella de repente, mandem-me chá. Quando a viu subir, Rytmel ergueu-se, perguntando ao conde: Está incommodada a condessa? Levemente. Precisa de ar. Vá-lhe fazer um pouco de companhia, falle-lhe da India.

Chama-se Captain Rytmel, official de artilheria, 28 annos, em viagem para Malta, bigode loiro, um pouco da India nos olhos, muito da Inglaterra na excentricidade, um perfeito gentleman. Um bebedor de cerveja! disse ella, desfolhando a flôr de cactus. Um bebedor de cerveja! gritou o conde erguendo a cabeça com uma indignação comica.

D'ali a dois dias houve uma revista militar no campo de Longchamps. Captain Rytmel acompanhou-me. Eu tinha um logar na tribuna do Jockey. Havia uma enorme multidão. Estava a imperatriz, a córte, a diplomacia; a tribuna resplandecia de fardas, de joias, de plumas, de reflexos de seda.

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