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Atualizado: 15 de outubro de 2025


O homem continuou: Até se fôsse mais dia podia-se vêr d'aqui a pedra, que está no cemiterio novo, e que é da familia da morgadinha dos Cannaviaes. Foi a mãe d'ella a primeira pessoa que se enterrou, e até hoje mais ninguem. O povo, como o outro que diz, tem sua aquella em se enterrar fóra da egreja. Elle, a falar a verdade... Eu bem sei que tudo vae do costume... mas emfim a gente foi creada n'isto... Mas a pedra é coisa asseada.

Chorae, chorae, ó longos fios de agoas! Ó olhos grandes como os globos do Ar! Ah chora Anrique, chora nos meus braços O moço Poeta que te está a cantar! Choremos entre beijos, entre abraços, Tambem eu choro por te vêr chorar! Ah chora Anrique, chora, não te escondas! Tens pudor que te venham encontrar? Choram os cannaviaes, choram as ondas, os cynicos não podem chorar!...

Aquelle Virgilio, que florescia em Roma para coroar de gloria Cesares e deuses, tinha as mais vivazes raizes do seu genio, tão suavemente melancolico, longe e bem longe, onde ninguem lh'as enxergava: pelos cômoros, de murtas da aldeia de Andes, pelas margens do Mincio ciciadas de cannaviaes.

Pouco passava das dez horas, quando se achou em frente de uma casa que por apparencia, julgou ser a demandada propriedade. Era uma casa escura, crivada de pequenas janellas e peitoril, tendo a um lado um alto portão da quinta, do outro a capella, cuja porta Henrique achou ainda fechada. O sussurro dos cannaviaes agitados pelo vento era uma garantia de haver acertado.

E após estas palavras vagas, cujo mais claro sentido Augusto tremeu de investigar, o velho mandou-o aos Cannaviaes, n'aquella mesma noite, recommendando-lhe que fôsse preparado para receber uma grande dor. Augusto seguiu as indicações do herbanario, e foi. Era d'elle o vulto que fizera estremecer Magdalena, quando na noite da piedosa devoção de Christina, a vimos chegar á janella dos Cannaviaes.

O que eu sei é que Vicente veio procurar-me á porta do Mosteiro, e ralhou-me com uma severidade e uma aspereza, como ainda lhe não tinha merecido nunca. Estava o homem convencido de que eu era a heroina de umas aventuras romanticas que se verificavam de noite n'esta minha propriedade dos Cannaviaes.

Parece-me que sim; mas julgue-o por si que tem á vista o original. Como?! A morgadinha dos Cannaviaes, sou eu. Vossa Excellencia!... Henrique de Souzellas, apesar do seu uso do mundo, esteve por muito tempo sem saber como sair da situação em que se puzera. Magdalena ria com toda a vontade; os pequenos riam, por contagio, sem saberem de quê. Tudo augmentava pois a confusão de Henrique.

Para breve estava a entrada de Augusto no collegio de Lisboa, onde, á custa do legado da defuncta proprietaria dos Cannaviaes, devia continuar nos seus estudos, quando o rapaz pediu para ficar algum tempo na aldeia. Não se pôde atinar com os motivos d'este pedido.

Estes campos e lameiros ia dizendo são da morgadinha dos Cannaviaes; andam arrendados a um compadre meu. E exclamava para dentro de uma casa terrea, escassamente allumiada por uma candeia: Boas noites, tia Escolastica. Como vae a pequenada? Ai, é vossemecê, sr. José? Então não entra? respondia-lhe uma voz feminina. Agora, não, ámanhã.

Chegára a noite, aquella em que Torquato lhe dissera ter com uma das meninas de visitar á meia noite, por causa de Henrique, a casa dos Cannaviaes. O velho não pôde mais tempo conter-se e disse a Augusto, depois de muito luctar comsigo: Não devo calar-me.

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