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Atualizado: 1 de outubro de 2025
José Francisco Andraens apanhou uma indigestão de pombos, salame e salmão no baile do visconde, e está em risco de rebentar. Eu estou de atalaia a vêr quantos Jonas sahem d'aquelle bojo! O morgado de Santa Eufemia veiu dar-me a noticia, jubiloso, como quem espera empalmar Silvina, extincto o bruto.
E como o marquez era um fidalgo muito apprehensivo, e corriam uns certos rumores de cholera em Madrid, assustou-se tanto com a saída de sendeiro do bruto do creado, que, poucas horas depois, era cadaver, com grande desgosto da pobreza do bairro. E por todas as partes se se ouvia dizer: «Estes homens, assim, nunca deviam morrer.»
Nunca em minha longa vida encarei um homem mais repulsivo. Uma cota de malha reluzente cobria-lhe o corpo formidavel. Da cinta pendia-lhe o saião d'uniforme, feito de rabos brancos de boi. Ao pescoço trazia uma gargalheira d'ouro: e da testa, onde luzia um enorme diamante bruto, subia-lhe, ondeando no ar, um tufo esplendido de plumas d'abestruz.
O monge de Cistér responde pelas mesmas rimas: Maçarico dos charcos de el-rei Pluto, Que taes marmanjarias has escripto, Que ao douto frei Bernardo ou Bruto ou Brito Picas com bico infame, sujo e bruto; Jámais será de Ignez o pranto enxuto, Pois a fazes mais quartos que um cabrito, Dizendo que nas mãos deu o esp'rito De Coelho matador, sagaz e astuto.
Então o Valente entrava muito bruto, saltando, muito desordeiro, querendo que lhe abrissem a porta do pateo, para onde logo sahia a correr, enterrando o focinho na panella cheia de caldo e de grandes bocados de pão de munição.
Aquelles que no vão de uma escada cosiam calças ou talhavam gibões, que não queriam ser vereadores, nem deputados, nem funccionarios publicos, que eram simplesmente o povo, bruto mas digno, não sabendo intrigar mas sabendo bater, não tendo a imprensa nem a policia correccional, mas tendo ao canto da porta um cacete ou um chuço, esses taes, que eram a arraia miuda, umas vezes soffredora e mansa, outras vezes vingadora e terrivel, esses desappareceram.
Ai d'aquelle que nunca amou! esse é um bruto, que jamais deverá ser chamado a resolver questões d'olhos. Os que uma vez amaram esses comprehenderão bem todos os thesouros de ternura que trasbordaram da alma do anjo supracitado, ao praticar o acto que o levou, incomprehendido, á barra dos tribunaes humanos.
Algum bruto que se queria divertir... Mas logo outra vez na porta: Truz! truz! Arre que é bruto! vá bater ao inferno, quem é! gritou de dentro o José Grilo, zangado. E pois que se pôs
O José Casco dos Bravaes, bebedo, rompendo para elle, sem o conhecer, com uma foice enorme, a berrar «Morra, que é marrão!...» E elle na estrada, deante do bruto, de bengalinha!
Não póde amar, não deve, uma alma casta Fugaz belleza, graça transitoria, Coisa que o tempo leva, o tempo gasta. Nem tambem alma digna de memoria Póde amar o prazer, que o bruto arrasta, Em vez do puro amor sombra da gloria. Coimbra.
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