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Atualizado: 27 de junho de 2025


Sendo-lhes entregue como cousa perdida, destaparam-n'o «e mettendo a mão dentro diz o manuscripto acharam-se com a conserva que não imaginavam, e logo viram que fôra lanço do ChiadoLogo viram que fôra lanço do Chiado: esta phrase testemunha quanto era fecunda e inventiva em chistes e logros a imaginação do famoso bohemio do seculo XVI.

O procurador e a familia apresentaram-se como testemunhas, e todos declararam haver reconhecido o bohemio n'um dos dois raptores. A policia pôz-se em campo para descobrir os fugitivos, e o Custodio, esfregando as mãos de contente, recolheu a casa á espera dos acontecimentos.

Quer v. ex.^a dizer que me afaste, que deixe de a ver, de lhe fallar, de viver na mesma terra em que v. ex.^a vive, de frequentar os mesmos logares que v. ex.^a frequenta, de respirar o mesmo ar que v. ex.^a respira! exclamou o bohemio n'um fingido rapto de desesperada eloquencia E emquanto eu, distante, na solidão e no abandono da minha retirada terra de provincia, curto as dôres e as amarguras de um amor sem esperança, fica um outro, um outro a quem v. ex.^a ama, na posse feliz do seu coração, gosando tranquillo as suaves delicias do amor correspondido!

Antonio Nobre conhecia a tradição, a anecdota, o pittoresco da lenda, mas, quando chegou a Coimbra, apenas restava da bohemia de João Penha, na Tasca das Camêllas e na Via Latina, a lembrança de que passára outr'ora por ali uma onda de mocidade alegre, que o tempo seccou. Tia Camêllas... ficou a camellice. A tradição em Coimbra, um advogado em Braga, eis o que resta de João Penha bohemio.

Pobre Manoel! elle foi o primeiro romantico do seu tempo, como João Penha foi, na phrase de Gonçalves Crespo, o ultimo estudante de Coimbra. N'aquella quadra, como na organisação artistica de João Penha, incluindo a sua modalidade de bohemio, ha um cunho brazonado de vieille roche das lettras.

Beijaram-se e o bohemio partiu a encontrar-se com os amigos no botequim. Pelas onze horas da noite, e tendo sahido o commendador Garcia, Leonor, com a janella do centro aberta e a sala illuminada, sentou-se ao piano e começou executando a walsa Leonor, conforme o seu anonymo correspondente lhe havia indicado.

O bohemio comprehendeu-o e despediu-se, affirmando que estava irresistivelmente apaixonado por Beatriz e appellando para a amizade dos dois, afim do que envidassem os seus esforços em defesa da sua causa.

Esta casa não é sua, é dos desgraçados que você tem esfollado, seu malandro! A sua casa é a penitenciaria, e é que você devia estar. Pulha! regougou o Belchior, rouco de colera Ponha-se fóra! ponha-se fóra! O bohemio avançou para elle com o punho estendido. O procurador, livido de medo, foi recuando até á parede.

Ella, pela sua parte, ameigava a voz, mostrava-se dôce e carinhosa, mais ainda do que de costume, e quando chegou ao fim da tarde e o bohemio teve de sahir para dar logar ao commendador Garcia, foi com um transporte de ternura infinita que lhe disse: Peço-te que não venhas tarde, mas tambem não desejo que sacrifiques a companhia dos teus amigos á ideia de que estou mal, porque, felizmente, sinto-me melhor...

Peço perdão balbuciou ella mas propondo isto, eu parto do principio de que v. ex.^a, como homem digno, não póde pensar mais em que eu seja sua esposa e de que o meu nome deve, por esse motivo, ser para sempre banido da sua lembrança... Oh, minha senhora! Como conhece mal o coração do homem que ama com o ardor e enthusiasmo com que eu amo a v. ex.^a! exclamou cynicamente o bohemio.

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