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Atualizado: 24 de junho de 2025


Era sobrio, e desinteressado; sonhava com os tempos do decahido Druidismo, e teria sido um Bardo arrebatador para doutrinar os povos se tivesse nascido em uma melhor epoca, menos perturbada ou mais crente.

Morrer assim, ou morrer commendador, e macrobio, como querem Garrett, e Costa e Silva e tantos outros engenhos atilados, são cousas diversissimas para a arte, que houver de assentar o pedestal do solitario bardo da serra de Cintra. Mas a verdade é outra.

E o Poemeto cantava, com romantico garbo, um lance de altivez feudal em que se sublimára Tructesindo Ramires, Alferes-mór de Sancho I, durante as contendas de Affonso II e das senhoras Infantas. Esse volume do *Bardo*, encadernado em marroquim, com o brazão dos Ramires, o açor negro em campo escarlate, ficára no Archivo da Casa como um trecho da Chronica heroica dos Ramires.

Theóphilo Braga, a uma graça régia, mercê de 97$000 réis, concedida ao suposto bardo talvez pela sympathia que suscitava a sua desgraçada paixão, ou apparentemente pelos serviços de seu pae. Ora fazendo taes afirmativas, autoritária e catedraticamente, o snr. dr.

E eu, que vélo na vida, e não sonho, Nem gloria, nem ventura; Eu, que esgotei tão cedo, até as fezes, O calis da amargura; Eu, vagabundo e pobre, e aos pés calcado De quanto ha vil no mundo, Morrer sentindo inspirações de bardo, Do coração no fundo; Sem achar sobre a terra uma harmonia De alma, que a minha entenda; Porque seguir, curvado ante a desgraça, Esta espinhosa senda?

Bellezas, como ella, foram por certo as que inspiraram as imagens de virgens dos cantos de Ossian ao espirito de quem quer que foi seu auctor, d'aquellas virgens, que o bardo comparava á neve da planicie e cujos cabellos imitavam o vapor do Cromla, dourado pelos raios do occidente.

Numerou as tiras fechou na gaveta á chave o volume do *Bardo*. Depois á janella, com o collete desabotoado, ainda lançou o brado genial n'um grave e rouco tom, como o lançaria Tructesindo: ...«de mal com o Reino e com o Rei, mas de bem com a honra e commigo!...» E sentia n'elle realmente toda a alma de um Ramires, como elles eram no seculo XII, de sublime lealdade, mais presos á sua palavra que um santo ao seu voto, e alegremente desbaratando, para a manter, bens, contentamento e vida!

De que procedeu, portanto, este alvoroto? De um despeito pueril. A carta do sr. Castilho ferira de rosto o melindre de dois mancebos; estes sairam a campo, e arremeçaram as suas frechas contra o poeta dos Ciumes do Bardo.

Illustre paspalhão, pasmo dos orbes, Nata da estupidez, alcool dos parvos, De Campanhan o bardo te sauda! Eu nunca fui sentar-me á tua porta, Mendigando mercês; nunca os meus cantos, Fedendo ao macassar da vil lisonja, As nedeas ventas incensar te foram!

E enquanto se não perder na memoria das gerações o nome do bardo amoroso, o triste Bernardim, o nome de Delfim Guimarães não se desacorrentará da gloria de ter focado com intensa luz um tão curioso e deturpado caso da litteratura portugueza. fóra esta obra faria não a gloria mas o nome de um trabalhador.

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