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Atualizado: 24 de junho de 2025
Sou eu, minha amiga! sou esta desgraçada, rôta e faminta, que vem receber, como supremo castigo de seus crimes, a esmola da tua compaixão! Estas ultimas palavras foram já proferidas nos braços de D. Aurelia, que estreitava a sua infeliz amiga ao coração, cobrindo-lhe o rosto de beijos e orvalhando-lh'o de lagrimas. Vamos! não chores, minha querida disse por fim D. Aurelia.
Já cá fóra, disse o padre Manoel á D. Aurelia: E que lhe parece a v. ex.^a este caso extraordinario que acabamos de ouvir? Parece-me respondeu a irmã de Gustavo que o nosso pobre amigo tem razão para estar bastante sobreexcitado com o que lhe succedeu. E v. ex.^a acredita que elle visse lá alguem?
Parece-me, pois, tornou D. Aurelia que seria bom dispôr a nossa doente para receber a visita da sua amiga. Emquanto ella a espera, convem prevenil-a com cuidado... Sim... sim!... concordou madre Paula.
Estava-se, pois, n'esta bella illusão de um restabelecimento proximo, quando um dia, pelo fim da tarde, bateu ao portão de D. Aurelia, pedindo para fallar á dona da casa, um desconhecido, que a todos causou surpreza pelo seu extranho aspecto e pelas suas mysteriosas maneiras. Era um homem alto, de cabellos compridos e longa barba grisalha. Usava oculos verdes.
Sabidas as contas, vae-se a vêr e não é nada... Eu sempre disse que este sr. Julio de Montarroyo era boa pessoa, mas tinha qualquer propensão para visionario... D. Aurelia defendia o apaixonado de Helena.
E queres que te diga? Agora, depois que vi meu filho... sinto-me mais desgraçada! Porque? Porque... tu comprehendes... na minha alma começam a despertar agora todos os sentimentos do amor maternal, e não posso dizer a meu filho: «Sou tua mãe!» O homem dos oculos verdes Decorreram quinze dias de suave e doce convivencia entre mãe e filho, na casa de D. Aurelia.
E escondendo o rosto entre as mãos, desatou n'um choro convulso e abafado. Como se as palavras e o choro desesperado da desditosa lhe tivessem levado um raio de luz ao espirito, D. Aurelia gritou n'um indescriptivel alvoroço de espanto: Helena de Noronha! serás tu?!
A conversação foi interrompida n'este ponto pela chegada do juiz e do commendador que desciam ao jardim discutindo entre si o programma das festas em honra de Julio. Ao vêrem-n'o a distancia, em conversa animada com a D. Aurelia, os dois entreolharam-se e, com um sorriso significativo, disse o magistrado: Quer vêr que andamos, sem o pensar, preparando uma festa de nupcias?
Socega, minha amiga... observou-lhe madre Paula, vendo-a de cada vez mais agitada. Tens fallado muito... e, no estado de abatimento e fraqueza em que te encontras, é isso uma imprudencia grave. Disse e saiu deixando a doente em repouso. Coração morto Helena de Noronha, a instancias de madre Paula e de D. Aurelia, consentiu em receber a visita de Julio de Montarroyo.
Helena sorriu incredula. Não creio disse ella mas seja o que fôr, desde que se trata de um segredo de familia, devo ouvil-o. Manda entrar esse homem. D. Aurelia saiu e pouco depois dava entrada na camara da enferma o homem dos oculos. Helena, recostada n'uma cadeira de braços, encarou-o fito e não o reconheceu.
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