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As penas do inferno pensava ella que não podiam ser-lhe mais tormentosas e afflictivas do que o peso d'esta existencia amaldiçoada que arrastava havia dezeseis annos. Ao fim do terceiro dia, chamou junto do leito a sua amiga. Aurelia disse-lhe ella tu não sabes a grande desgraçada que acolhes em tua casa e a quem nos ultimos dias da sua tormentosa existencia dás a esmola da tua compaixão.

O vulto, que não suspeitava a minha presença alli, a semelhante hora, chegou junto do primeiro degrau do templo, ajoelhou e n'um grito lancinantissimo, implorou a morte á Senhora do Porto! A morte! exclamaram a um tempo D. Aurelia e o padre Manoel.

E D. Aurelia, sempre triste e resignada na sua dôr e no seu luto, acariciava os pequenos e mostrava-se contente com a alegria dos outros. Aurelia dizia-lhe o irmão se vivesses um anno em Lisboa, verias como isso te fazia bem. Não, Gustavo, não replicava a dolorida viuva.

Com esta data concorda o auctor da chronica de Affonso VII, mencionando a partida de Tachfin para além-mar entre os successos de 1138, e descrevendo a mensagem que lhe enviaram á Africa os defensores de Aurelia durante o cerco posto a esse castello por Affonso VII em abril de 1139.

Temos tempo, minha querida disse madre Paula Uma das principaes virtudes christãs é a paciencia... E o padre Filippe, que é, como acabaste de dizer, um honesto e digno sacerdote, exercita esta virtude como poucos... Elle espera, e é dos que sabem esperar... Logo que D. Aurelia sahiu, madre Paula encarou fito Helena de Noronha e perguntou-lhe em voz sumida, n'um tom de mysterio: E o padre Anselmo?

Dize, filha! Tu mandas n'esta casa, não pedes. Desejava que enviasses alguem ao Porto, a saber se no convento do Sardão ou no das Sereias existe ainda uma superiora chamada Madre Paula... E se ella existir, que lhe entreguem uma carta minha... Madre Paula! replicou Aurelia Existe, minha amiga, sei que existe. Como o sabes? interrogou alvoroçadamente Helena de Noronha.

O desconhecido baixou a voz e disse n'um tom de confidencia: Fui amigo intimo de Alvaro de Noronha, e elle, um dia antes de ser assassinado, constituiu-me depositario de um segredo de familia, que deve ser revelado a sua prima, a sr.^a D. Helena de Noronha, actualmente n'esta casa... D. Aurelia fitou-o perplexa.

Padre Manoel e D. Aurelia trocaram um rapido olhar como se quizessem significar um ao outro que havia talvez motivo para duvidar da integridade mental do seu interlocutor. Julio, com os olhos brilhantes e a face afogueada pela febre, n'uma grande agitação, proseguiu: Fui. A noite estava realmente tempestuosa e horrivel.

O que não devemos é deixal-o abandonado dos soccorros medicos, porque o pobre homem, se tinha falha antes d'este caso, agora, com a mania de que viu a filha de Norberto de Noronha, é muito capaz de ensandecer de todo... D. Aurelia intimamente revoltada contra esta apreciação do padre, teve bastante força em si para responder apenas: Durante o tempo que tenho tratado com o sr.

Apparentando decidido amor pelas instituições jesuiticas, consegui, á custa de donativos, captar a confiança e a estima de todos os superiores e superioras, sendo em toda a parte recebido como um verdadeiro amigo e auxiliar valioso; isto é, como um jesuita de casaca. D. Aurelia sorriu tristemente.

Palavra Do Dia

anhon

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