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Atualizado: 14 de julho de 2025


Perdida? não! atalhou João da Cunha Em minha casa ha umas sôpas; e, em quanto eu viver, meu filho aprenderá o officio de sapateiro para não morrer de fome, depois da minha morte. Eu vinha aqui pedir uma esmola para o futuro de Assucena; não venho pedir o preço da reparação da sua honra.

Em casa da viscondessa, Luiz da Cunha faltou algumas noites, depois da ultima em que o vimos, sem grande esforço, erguer o véo do coração de Assucena. A causa da falta extraordinaria, e sensivel para a viscondessa, era o incommodo de João da Cunha, que periodicamente soffria accessos de sangue á cabeça, ameaços de congestão cerebral, que o debilitam pelas repetidas sangrias, seu allivio unico.

Foram tardias todas as minhas reflexões, minha filha? disse a mãe com a voz cortada, procurando vêr a face de Assucena. Não foram... Eu serei o que minha mãe quizer que eu seja; mas não sei porque devo maltratar um homem, que lhe merece tantas provas de estima. Eu não te digo que o maltrates... Se elle me procurar, não lhe fallo. E porque não?

A criada da neta do arcediago desceu ao segundo andar, dizendo que um portador trazia uma carta para a senhora D. Assucena. O conego mandou descer o portador, perguntou de quem vinha a carta; o criado respondeu que era do senhor Luiz da Cunha, e não tinha resposta. Redarguiu Bernabé, inquirindo a residencia do senhor Luiz da Cunha: o moço respondeu que não tinha ordem de a dizer.

O visconde desceu ao escriptorio a descontar letras do governo, e Rosa Guilhermina fechou-se no seu quarto com a filha. Antes de annunciar-lhe o que se passára, tinha dito com as lagrimas o mais que poderia dizer-se. Assucena, beijando-a meigamente, dizia: Adivinho tudo, minha querida mãe. Não se afflija, que eu para ser feliz, não preciso do dinheiro de meu padrasto.

Assucena é minha filha, é filha de tua mulher... sou mãe que tenho de sentir a deshonra d'essa desgraçada!... Por compaixão, meu amigo, por compaixão não a abandonemos! Que queres tu agora? que eu buscal-a para casa na minha carruagem? Não... Pelo amor de Deus não zombes com a desgraça... Pois que queres? Que te unas a mim para fazermos com que Luiz da Cunha case immediatamente com ella.

Quiz saber a causa de tal soffrimento, e disse Maria Elisa que a sua amiga tivera noticia de estar viuva. Viuva a reputava eu, ha muito! atalhou Alvaro. Não o era... Convinha que esse boato corresse... O fidalgo deu a entender que sabia a razão d'esse boato, e retirou-se sem Assucena, que não podia, durante o lucto, sahir de ao de sua mãe.

Á vista d'isto, ninguem deve perder a esperança de salvar um homem abandonado de todos! A sociedade é a que atira o desgraçado á miseria... Á miseria! atalhou Assucena. Sim, minha filha. O desprêso com que são repellidos os infelizes, que não podem ser bons sem os conselhos d'um bom amigo, é muitas vezes a causa de se perderem de todo. O mau homem cuida que se vinga redobrando em malvadez.

Se tivesses vivido fóra, não era necessario dizer-te que ha uma posição que te convém com Luiz da Cunha. Se não fôres sua esposa, que poderás tu ser para elle? Sua irmã. Não ha irmãs pelo coração, minha filha. Quererias ser sua esposa?... Responde, Assucena... Faz de conta que fallas com a tua unica amiga. Agora não sou tua mãe, visto que é de uma mãe que sua filha de ordinario se esconde.

Uma noite que a mãe sahiu, elle veio adiante do pae... Porque me não disseste esse encontro, se elle te pareceu innocente? Assucena baixou, corrida, os olhos, e limpou duas lagrimas, que lhe tremiam nas pestanas. Ergueu-se impetuosamente, e escondeu a face no seio de sua mãe, que chorava com ella.

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