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Com que delícia se sentou na relva, com as pernas abertas, e entre elas, a ave loura, que rescendia, e o vinho côr de ámbar! Ah! Guannes fôra bom mordomo nem esquecera azeitonas. ¿Mas, porque trouxera êle, para três convivas, duas garrafas? Rasgou uma asa do capão: devorava a grandes dentadas. A tarde descia, pensativa e doce, com nuvemsinhas côr de rosa.

Deixaram de crocitar; e os mais velhos formaram conciliábulo, em vozes baixas, como gorgolejos, alternados de saltos. Um movimento do Pzann determinou a debandada. Os corvos voltaram para os ramos. Pausa. Ouve-se rir a hiena e chorarem os chacais. Restabelecido o silêncio, a asa dos abutres soou pesadamente e as três aves de rapina baixaram sobre o solo.

então, succumbindo á dor que me fulmina, A mim mesmo pergunto, entre espanto e receio, Se a tua asa não é d'um Anjo de rapina, Se eu poderei em paz repoisar no teu seio! Inflexivel e cego, o poder do teu sceptro então me desvaira em cruel agonia, Ao ver com que presteza elle faz um espectro D'alguem, que ha pouco ainda, ao de nós sorria.

Vento frio, que vaes da minha noite immensa, Tenebroso e a rugir! leva a minha Saudade, Como uma estrella a arder, na tua asa suspensa! Quando essa luz passar, com que magua não ha de Reflecti-la o meu rio, e acariciá-la, vendo Que vae dos olhos meus a tenue claridade!

E, de novo, o silencio se interpôz Entre a Morte divina e o Sêr humano. Vinham dos pinheiraes sussurros vagos, Prêsos na asa da aragem... orações Que as cousas êrmas rezam

A divina Esperança florescida, Brilhando além de tudo quanto é triste... Longinquo Alivio, protectora Asa! Mas de que serve? Eu choro sem descanço, No meio da tristêsa indiferente Das Cousas que têm a alma sempre ausente... eu na minha dôr nunca me canço. Ó brutêsa das Cousas! No infinito E gélido silencio, eu ouço um grito! Na funda solidão que me rodeia, Um sêr apenas, tétrico, vagueia...

Não ha amor como o primeiro... Vôa, vôa sem parar! Deixa a Lua estremunhada, Deixa o Rio a murmurar... O amor tem a asa ligeira, E antes que rompa a alvorada. Leva o ramo de oliveira Àquella dor desgarrada! A Alberto d'Oliveira

que o torpor do frio o invade lentamente; Debate-se, procura o cárcere romper; Mas a asa é d'arminho, o gêlo é resistente: Tem as pennas em sangue e sente-se morrer. Então põe-se a cantar, sem que ninguem o escute; Solta gritos de dor em que lhe foge a vida; Mas essa dor, se ao longe um echo a repercute, Parece uma canção no silencio perdida...

Nessa manhã clara, entenebrecida em um momento fugaz e aflitivo pelo perpassar da asa do remorso, pequei, Senhor, porque transviado, perdido o meu espírito no tropel das cobiças orgulhosas, assaltou-me a miséria o pensamento e outro nome proferi que não o teu, antes que a ave me lembrasse a culpa cantando os teus louvores e a tua grandeza.

E noite além, entravam um a um, vagarosos, muito mansos, sem ruído de asas, receando acordar o casal que dormia aconchegado, muito quente, pescoço escondido sob a asa veludínea.

Palavra Do Dia

imperceptivel

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