Vietnam or Thailand ? Vote for the TOP Country of the Week !
Atualizado: 25 de julho de 2025
A primavera, a doce filha da harmonia e da luz, desentranhava-se em flôres e fructos. Rejubilavam as aves no arvoredo frondente. O céu era azul, limpido. Nem uma nuvem lhe maculava a superficie chrystallina e pura. Nada mais delicioso do que esta rapida transição de uma estação, agreste e fria, para uma outra agradavel e sympathica.
A agua corre nos campos, em ondas de abundancia, entornando diamantes ao saltar de pedra em pedra, como uma princeza louca, que vae estragando thesouros. E o arvoredo põe no solo branco e crú grandes manchas de sombra, que parecem ligar-se caprichosamente pelos seus contornos irregulares, phantasticos.
Aldêas que desde os tempos hispano-arabes se conservam na mesma immobilidade barbara, sinos altos de egrejas gothicas, perfis apenas entrevistos de velhos conventos, ninhos de cegonhas nas arvores que pareciam correr commigo, sombrias manchas de arvoredo que o vento torcia em attitudes de desesperada supplica...
Procurava ver entre o arvoredo o caminho por onde viera para Braga, e ia seguindo quasi instinctivamente a estrada, que ora se perdia encoberta pela ramaria dos carvalhos, ora surgia em retalho n'uma clareira para apparecer depois ao longe, ondeando pela encosta acima, muito branca entre a verdura do monte!...
«Pois que te succedeu? Nada. Continuamos a passear, ao acaso, entre o arvoredo, silenciosos, ella curvando-se debaixo das franças, eu, erguendo-as, para ella passar. Agora vamos nós tomar quinhão nas amarguras d'elle disse eu de repente. «Assim deve ser» respondeu ella com tranquillidade. O remate do nosso encontro foi magoado por um começo que eu não podera prevenir.
Elle não sabe uma palavra, ponderou com verdade o visconde, d'esta historia natural, que nós cá praticamos. Segui attentamente com os olhos o que o visconde denominava a manobra das pavôas. Voando de ramo em ramo, e a longos intervallos de tempo, iam desapparecendo, sumindo-se arteiramente na espessura do arvoredo.
Almogavres de Santa-Ireneia, almogavres da Hoste Real, em turmas ligeiras, carregam, topam, com baralhado arremesso d'ascumas que se partem, de dardos que se cravam: e ambas logo refogem, refluem em quanto, no chão revolto, algum mal-ferido estrebucha aos urros, e os atordoados cambaleando buscam, sob o abrigo do arvoredo, a fresquidão do riacho.
Lembrou-me o rouxinol de Bernardim-Ribeiro, o que se deixou cahir n'agua de cançado. O arvoredo, a janella, os rouxinoes... áquella hora, o fim da tarde... que faltava para completar o romance?
E a gentil madame de vestidos curtos afugentava com uma alegre risada sonora a lembrança saudosa do nobre priminho, e agitava os seus pequenos braços para suster na queda uma folha solta que vinha descendo do arvoredo, ou para cortar o vôo a uma borboleta iriada.
Acaso pelos cerros arraianos corriam, ligeiros entre o arvoredo, almogavares mouros? Não! Mas desgraçadamente, «n'aquella terra já remida e christã, em breve se crusariam, umas contra outras, nobre lanças portuguezas!...» Louvado Deus! a penna desemperrára!
Palavra Do Dia
Outros Procurando