Vietnam or Thailand ? Vote for the TOP Country of the Week !

Atualizado: 2 de julho de 2025


Ia viajar!... Viajei. Trinta e quatro vezes, á pressa, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e refiz a mala. Onze vezes passei o dia n'um wagon, envolto em poeirada e fumo, suffocado, a arquejar, a escorrer de suor, saltando em cada estação para sorver desesperadamente limonadas mornas que me escangalhavam a entranha.

Mas que sêde! uma sêde desesperada que lhe encortiçava os labios! Recordou então o famoso fruit salt que lhe recommendára o Dr. Mattos, arrebatou o frasco, correu á sala de jantar, em camisa. E, a arquejar, deitou duas fartas colheradas n'um copo d'agua da Bica-Velha, que esvasiou d'um trago, na fervura picante. Ah! que consolo, que rico consolo!...

Mas o pequeno, de sete annos, encolhido n'uma cadeira deante do lume, rente ao lençol que seccava, seccando tambem, com a carinha afogueada de febre, tossia despedaçadamente, n'um cabecear de somno e cançasso, a arquejar, a gemer contra a tosse que o esfalfava.

Que mais, Bernardo, que mais? soluçava em violento arquejar Domingos Leite, com os pulsos fincados nas fontes e os olhos espavoridos na cara atribulada do criado. Nada mais sei. Quedou-se alguns minutos em silencioso anceio; e de subito disse ao criado: Que ninguem saiba que estou em Lisboa... Ó meu amo! volveu Bernardo permitta Deus que a morte me colha, se alguem o souber de mim...

Quando se viu no páteo parou. Abriu a porta devagarinho e uma lufada do ar frio da noite entrou, e fez-lhe bem. Esteve uns instantes a respirar, a arquejar, até que lhe pareceu ouvir passos. Desceu então o último degrau e começou a caminhar ao longo da rua sob a inclemência do vento e da chuva que caía. Casa maldita

Serve-lhe a terra De duro leito, Vê-s­e-lhe o peito Inda arquejar: As pardas sombras; Que Amor mistura, Na Estyge escura Vão aportar: Desenrugando A crespa fronte, Lédo Acheronte As foi buscar. E eu combatido De mil pezares Vou pelos ares A suspirar. Sei ser-te amante Sem premios vivo, Este o motivo Do meu penar. Vês mil exemplos, E jámais pensas Que póde offensas Amor vingar.

E assim sorvido, ressumando sangue, o malfadado ainda rugia, atravez ultrages immundos, ameaças de mortes, de incendios, contra a raça dos Ramires! Depois, com um arquejar em que as cordas quasi estalavam, a bocca horrendamente escancarada e avida, rompia aos roucos urros, implorando agoa, agoa!

Sentiam o bater das asas de um passaro que principiava a voar pelas casas apenas se apagavam as luzes; ouviam-o arquejar e bufar approximando-se cada vez mais dos que estavam deitados, pairando tão rente das camas que se lhe sentia o estremecer das pennas, o calor de lume que elle deitava do bico e ao mesmo tempo o frio de neve que fazia a mover as azas!

Quando emfim, debaixo do vasto guarda-chuva com que o Silverio nos esperava á beira do campo, corremos para o alpendre, nos refugiamos n'aquelle abrigo inesperado, a escorrer, a arquejar, o meu Principe, enxugando a face, enxugando o pescoço, murmurou, desfallecido: Apre! que ferocidade!

A ponto acodem, E de costas o estendem: rosto e peito Lhe estão manchados de poeira e sangue, E jorra-lhe da boca o vital fluido, Que as cavernosas veias desampara; Mas não lateja o pulso, não se escuta Nos labios murmurar-lhe o arranco extremo; Nem sequer um suspiro, uma palavra, Um penoso arquejar, lhe assignalárão O transito fatal da vida á morte.

Palavra Do Dia

reconhece-as

Outros Procurando