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Emquanto eu suportei todos os tormentos que uma pobre criança pode sofrer, sequestrada de tudo quanto lhe rodeou e acariciou os primeiros anos; emquanto o meu espirito, sacudido pelas lutas mais violentas, angustiado pelas mais sombrias dúvidas, se abria á compreensão duma vida que dizem superior; emquanto o meu coração aprendia na dôr os infinitos cambiantes dos sentimentos complicados; a Rosita, a Maricas, e a Anninhas da méstra as queridas companheiras da minha infancia cresciam e faziam-se bôas e laboriosas mulheres, cheias de vida e saude, sem incompreensões mortificantes do seu proprio coração.

Mostrou-me o meu amigo os dous numeros do Periodico dos Pobres, que diziam assim: «MENINA PERDIDA. No dia 31 de julho pelas 8 horas da noite appareceu batendo a uma porta na rua de Sant'Anna, freguesia de Mathosinhos, uma linda menina, de idade de 4 annos, branca, bem nutrida, cabello louro liso, com uma trança de perto de um palmo, olhos grandes azues, vestido curto de cassa riscada de vermelho, guarnecido de trancelim; calça de paninho branco com dous entremeios de renda; saia de paninho, e outra de baeta de algodão; collete de atacador de linho; chapéo de papelão coberto de sêda verde; sapatos de duraque cinzento acoturnados com botões ao lado, meia comprida de linha, ligas de fitas de nastro cosidas nas meias; diz chamar-se Amelia, e que a mãi se chamava Anninhas, a qual vivia com um snr.

Casou-se oitra vez e fez um casorio... Foi co'uma brazileira... co'a Anninhas das Travessas, que tinha ido p'ró Brazil ha um rôr de annos e que vêo de rica que não sabia o que tinha de seu... O home, como em Braga todos o conheciam, pegou e foi co'ella p'ró Porto, e acho que estão na santa paz de Deus... Porfilhou-lhe a filha que ella trouve e inda apanhou uma riquesinha bem bôa!

Era uma velha, de chale preto sem pello, e que vivia de aproveitar os restos da miseria. Trazia novidades e com que alegria a mulher do Gebo, ao ouvir-lhe dizer, que pessoas suas conhecidas tambem eram infelizes, tinha pena dos que soffriam como ella! Ó Anninhas ouvi dizer que a Desideria está por baixo, coitada!... Tem tudo empenhado, filha. Passa muita fome.

Deixa estar, mulher! As coisas não vão como tu pensas. Ora não vão! não vão!... Era ella afinal que o empurrava, áquelle ser gordo e inutil. Fortalecia-o. Por vossa causa é que eu lucto, dizia elle sempre. Ás vezes visitava-os uma parenta afastada, a tia Anninhas e as duas mulheres punham-se a falar das pessoas conhecidas. Ha creaturas que apparecem quando a desgraça entra n'uma casa.

Na margem do jornal, onde está escripto: «diz chamar-se Amelia, e que a mãi se chamava Anninhas, a qual vivia com um snr. Antonio» o pai da baroneza, sublinhando o nome appellativo Antonio, escrevera umas palavras que estavam cancelladas e inintelligiveis. O mesmo succedia mais abaixo, no ponto em que se diz: «que fugia para a ponte do rio, e que o snr.

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