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Atualizado: 27 de julho de 2025
A detractora da senhora Angelica sentiu-se escorchar debaixo do monstro, e cravou-lhe as unhas nas forçuras tremulas do pescoço. O retrozeiro, para salvar a mulher asphixiada, puxava a perna homerica do negociante; o negociante distribuia couces tão a proposito que uma canella do senhor João recuou mal ferida da empreza arriscada.
Disse-lhe que mandasse a consciencia ao pae, e que ficasse ella com o coração. Não lhe falei em Deus, nem na Virgem, porque no infortunio de Angelica, não havia que vêr com cousas sobrehumanas. O doutor farejava um casamento rico para o filho; achou-o, e marcou-lhe o prazo para se realisar. Antonio de Almeida rejeitou-o com toda a ousadia da desobediencia.
D. Angelica, já aborrecida tambem, prometteu á filha entender-se com o genro, e muda'-lo por meios suaves. Que motivo ha, snr. commendador disse D. Angelica para se encerrar n'esta casa, cortando as suas relações com a sociedade que tão bem o tratava? «Eu vivo assim melhor. Viverá!... não creio.
Obedeça-me, sim? não saia de casa; não saia, que talvez me não encontre viva quando voltar. Ludovina abraçou-se, a chorar, em D. Angelica. Choravam ambas, com os rostos unidos, apertando-se cada vez mais. O seio da mãe desafogava de angustias soffocantes n'aquelle pranto. O da filha fortalecia-se de animo para arcar com a ignominia do seu descredito. D. Angelica recaíu no entorpecimento.
Deliciava-se nas profundezas de um somno do qual só podia emergir, quando a ultima molecula de tres grãos de morphina se perdesse através dos philtros nervosos. O dormir do somnolento empregado da alfandega explica-se com as vigilias aturadas de D. Angelica. Vá sem reticencias. Para nós é mais comprehensivel o espanto da baroneza do que estava sendo para ella o desespero de sua mãe.
O apaixonado môço cumprimentou Maria Thereza, mas sem poder dizer-lhe: como sois bella!... que expressão de pensamento profundo!... que physionomia angelica!... e tantas outras phrases de admiração e amor, que lhe estavam a saltar dos labios, e os echos da alma lhe repetiam.
«Maria Elisa Sarmento de Athaide.» O senhor Antonio leu tres vezes a carta e entendeu o essencial. Uma das maiores difficuldades que zombaram da sua intelligencia foi a mais simples das cousas: a assignatura. Isto, pelos modos, cada qual assigna-se como quer! Pois eu hei de morrer, como nasci... Estas sensatas reflexões foram interrompidas pela senhora Angelica. Já recebeste resposta, Antonio?
Da minha parte, hei-de fazer o possivel por lhe não dar desgosto, porque o meu natural é bom, e ninguem, até hoje, se deu mal comigo. Ludovina ergueu-se, e pediu licença de retirar-se por um instante. D. Angelica entendeu-a, e seguiu-a pouco depois. Foi encontra'-la no quarto, afogada em soluços, curvada sobre o leito. Que é isto, filha? Nada, minha mãe...
O monologo continuava, quando Ludovina, conduzida machinalmente por sua mãe, se collocava atraz de uma vidraça da alcova immediata á sala. D. Angelica era um assombro de esperteza.
Muitas causas concorriam para produzir este effeito: a figura, a voz e o gesto de Ermelinda, que lhe davam uma apparencia verdadeiramente angelica, e depois aquellas palavras inesperadas, aquella exposição desconhecida e em versos a que a melancolia da toada, em que eram recitados, parecia augmentar a cadencia metrica.
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