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Atualizado: 13 de junho de 2025
O soldado cuberto de sangue dos inimigos, dorme tranquillo juncto dos seus cadáveres, seja veterano ou bisonho: porque não seriam, pois, tranquillas as nossas noites depois de condemnar um criminoso ao último supplício, embora fosse pela primeira vez da nossa vida, que déssemos trabalho de sangue ás mãos maldictas do algoz?
O condemnado sentira levantar os ferrolhos do Temple: era a sua familia que entrava para trocar com elle as effusões da ultima despedida. Despedida incomportavel! que devia durar cinco mezes, sem que os braços do amor pudessem afrouxar de tensão n'aquelle longo abraço, que era o derradeiro. A morte parou respeitosa e timida ao limiar. O algoz commoveu-se.
O Espectro é teu algoz o que ha de acompanhar teus passos junto ao poste, o escuro cadafalso, curvado, abjecto, vil, a pé, preso, descalço, cheio de lama, esterco, apupos, irrisões, entre as vaias da Plebe, escarneos, maldições de todo um povo hostil que sobre ti escarra. Ali tendo vestida a sordida samarra, tendo na testa o infame e caustico signal, eu condemno o teu nome á pena capital.
Rasguei-lhe o coração, e vi-lhe sahir sangue e agua pelos olhos, até que lhe cegaram. Que mais queres? Cuidei que podia morrer sem passar por ésta derradeira expiação. Deus não o quiz. Aqui estou penitente a teus pés, filho. Aqui está o assassino de tua mãe, de seu marido, de teu tio... o algoz e a deshonra de tua familia toda. Faze de mim como fôr tua vontade. Sou teu pae...
São só duas palavras... Vi entrar teu marido para a barraca, e não nos vê... Leocadia... Eu não sou mais feliz que tu... Jorge fez-nos desgraçadas a ambas... Tu sabes que o meu casamento com Alvaro foi um capricho que tenho sustentado com lagrimas... Mas tu não tens culpa... Sei que não és amada... Eu tambem o não seria... Sou ainda tua amiga... Não poderei prestar-me nunca a ser o cutello na mão do teu algoz... ahi tens essas cartas.
Se teu pae quizesse que eu me arrastasse a seus pés para te merecer, beijar-lh'os-ia. Se tu me mandasses morrer para te não privar de ser feliz com outro homem, morreria, Thereza! Mas tu eras sósinha e infeliz, e eu cuidei que o teu algoz não devia sobreviver-te. Eis-me aqui homicida, e sem remorsos.
Que arrependimento não seria agora o de Colombo! De que lhe servia a gloria do descobrimento da America deante do painel tenebroso, que aos olhos se lhe desfraldava! Não fôra o algoz dos americanos. Fôra, porém, quem ahi levara os carrascos para que exterminassem barbaramente uma raça de homens innocentes e pacificos!
Não perdoou Alexandre Herculano á classe media a impostura e astucia que a tornou algoz quando jactanciosa apregoava a sua misericordia, como não perdoou nem podia perdoar o crime de lesa-sociedade e traição do seu mandato á monarchia absoluta, que desrespeitou o povo e as instituições populares, «mostrando-se parenta proxima do liberalismo moderno no desprezo estupido e brutal dos mais venerados monumentos d'essas epocas de liberdade incompleta mas sincera, em que o monarca era o alliado dos povos, o braço que estes estendiam para annular a tyrannia da casta privilegiada, se ella ousava quebrar-lhes os seus foros, avexal-os ou opprimil-os» ; degradando em comedia «qualquer cousa grande e forte», a vida municipal, que essa mesma monarchia absoluta legou «transformada em farça de titeres, ás hexarchias ministeriaes, que acceitamos benevolamente como governo representativo» .
Milhares deixaram a cabeça debaixo do cutelo do algoz: milhares volteiaram no cadafalso por noites de luar, como agora eu volteio. E este baraço que ora me sobreleva do chão ainda o achei aquecido do collo da minha ultima victima. Fartei a sede de vingança e de sangue que mirrava o meu coração, e morri seguro de que deixava atraz de mim a campa cerrada em cima de todos os virtuosos.
Era um algoz de consciencia, e já se podia prever que tinha a boa tenção de atormentar-nos emquanto durasse o dia, que felizmente se inclinava a seu termo. Como me foi possivel, percebi aos trinta ou quarenta versos que era um poeta da eschola de Pope, ou como quem o dissesse entre nós, um poeta da Arcadia.
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