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Atualizado: 20 de junho de 2025
«Depois, proseguiu o operario prendendo-a cada vez mais ao coração, essa criança cheia de ternura, continuou a amar esse homem, sem confiar a pessoa alguma o afecto que a consumia, e hoje, Martha, hoje... está como tu, pallida, triste, adoentada, e seu pae como um louco por a vêr assim.» Ahi tens a historia, ajuntou elle largando a dos braços e fitando a com os olhos cheios de lagrimas.
Frederico notava nestas palavras de afecto, que lhe doíam como um queixume, a vaga sombra dum desconsôlo, e dizia: Vou, de-certo... Deveres... As obrigações primeiro e as devoções depois. O método é tudo... E tu? Ficas por aqui ainda? Fico. Há uma infinita multidão de factos que exigem a minha presença... Alêm disso, esta é que é a minha casa... Júlia dá-se bem. Eu passo óptimamente.
Mas, desde D. Quichote que os cavaleiros andantes não são bem vistos pela polícia. Tudo quanto posso fazer é recomendar-lhe resignação... Sou já uma resignada disse ela, envolvendo Nuno num inexprimível olhar de afecto.
Por um momento, estas palavras tam naturais e tam simples, conturbaram-no, excitaram-lhe a imaginação. Júlia pedia-lhe para se lembrar dela, estudava pra êle uma das mais belas sonatas de Beethoven, talvez inspirada ao maior poeta de música por uma profunda, transfiguradora paixão, tinha consigo delicadezas do que apenas são capazes as almas que amam em silêncio. Quem sabe se essa doce mulher fôra tocada pelo fluido invisível do amor que o abrasava, se tambêm o amaria em segrêdo, escondendo êsse sentimento, ao mesmo tempo pecaminoso e divino, bem no fundo do coração, para que nem Nuno nem mesmo êle sequer o pressentissem? Quem poderia adivinhar, decifrar o drama oculto naquela alma tam requintadamente feminina?... Depois dalguns minutos de reflexão, porêm, o seu desvairado scismar pareceu-lhe vão e sem sombras de realidade. Com efeito, se Júlia lhe consagrasse um afecto que, por sua essência, tivesse de esconder cautelosamente, não pediria a Nuno para acrescentar
Escrevi-lhe, antes de partirmos para aqui, como me obrigava o meu afecto. Ofereci-lhe, na nossa casa, uma enxêrga e uma tigela de caldo,
Também passaste um dia ao pé do leito em que a mãe aquecia o filho ao seio. Não sentiste rumor que confessasse quanto afecto em silencio se derrama, transfundindo a quentura do sangue em outro sangue. E entretanto, fervorosa e muda, uma vida se consumia ali em outra vida.
Jorge proseguiu respondendo áquelle gesto: Ciumes, sim, Bertha; ciumes que ralavam, ciumes que me enchiam de remorsos, e que envenenavam quasi o afecto que me ligava a meu irmão. Porque era d'elle que os sentia. Veja que má loucura a minha!
«Quero dizia êle trabalhar para aumentar assim a fortuna do meu filho que está um figurão, um grande senhor de olhos espantados e cara rabujenta, que se ri de tudo com uma alegria a que as misérias da existência ainda não comunicaram o seu veneno e a sua dôr de outros filhos que venham, porque me não satisfaço com ter únicamente por descendente e representante um sêr pequenino e frágil que a menor doença pode arrebatar ao meu afecto.
Lá ao fundo da encosta, onde a floresta acaba e vem o prado, ainda vejo, do alto do casal que me agasalhava, toda a espessura do pinheiro manso, a marcar o extremo do valado, cerrada e firme, quási insensível ao vento tormentoso dos invernos, e tão estreitamente unida e igual que pareciam tomadas de amizade as hastes apertadas para viverem seu diferente viver em uma só vida, a cumprirem fielmente um juramento, para afrontarem juntas o rigor e para juntas se erguerem em exaltação comunidade mística de afecto, religioso côro de louvor, a entoarem seus hinos recitados, em severa harmonia, por um só breviário.
Foram passados anos nessa faina. Ao fim, surgiu ali a mancha branca duma casita estreita, ávida de sol. A cabana alargou-se. Transformada, anunciou nos fumos da lareira o agasalho, o sustento e o tépido conforto dum benigno casal, servido e amado pela esposa do servo da gleba; e o embalar do berço acompanhou com o rumor alado duma esperança essa vitoria que em torno se espraiava, dilatando-se na infatigável ânsia de remir pela seara farta e latejante os longuíssimos tempos de indigência, a que a ingratidão humana, criminosa, abandonara aquelas pequenas geiras devastadas. Mais tarde, em horas negras, tenebrosas, as ambições e a guerra assoladoras vieram separar o cavador dos filhos que criou para companheiros, e um sinistro poder arremessara para longe, labutando dispersados. Escravos uns do rei e seus ministros, por seu mandado e força coagidos a ensanguentar o mundo, combatendo pelo ódio apaixonado e latrocínios em malditas pelejas mentirosas, que na suprema infâmia ousam sem pejo invocar o amor da pátria e atraiçoá-lo, foram-se a derramar a morte sobre os campos, que o Senhor nos ofereceu para a vida, e a prostrar atrozmente o nosso irmão, ao qual por lei divina só devemos afecto, protecção e piedade, o auxílio compassivo na desgraça e o sorrir de simpatia, quando a ventura ao passar o bafeja generosa. Outros, não mais felizes, seduzidos pela visão da cidade e seu engano, enfermos das demências do tumulto, perderam-se entre os fumos da oficina, pela própria vontade escravizados dos lúgubres dragões que guardam o ouro e de contínuo o movem e entesouram, fundindo num só cadinho incandescente a fome e o ferro, minério bruto e corações humanos, lubrificando maquinas com lágrimas e fundando o palácio em sepulturas, pondo a brilhar em pedras preciosas, por alquimia da sua crueldade, as ossadas dos que apodreceram, transitando da pobreza
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