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Atualizado: 14 de novembro de 2025


Adalberto volta para o subterraneo. Não se póde descrever a alegria da senhora Deschamps quando lhe levaram em triumpho o rapazinho, que logo conheceu a casa branca. Imaginava a boa senhora ter encontrado um dos seus netos, e provava-lhe com os seus carinhos verdadeiramente maternaes um tal affecto, que Adalberto, em pouco tempo, estava perfeitamente á vontade.

O filho do senhor de Valneige achou-se muito feliz por poder comer os sobejos d'uma pobre dançarina de feira. De mais, este pão não era o pão da miseria, era o pão da amizade. Quando chegaram ao campo, Gella viu que as pernas de Adalberto fraquejavam.

Eugenio e Frederico, ambos mais velhos do que elle, iam entrar no collegio com grande desgosto de Adalberto, que muito gostava d'elles, apesar das suas continuadas questões.

Em presença d'este quadro que lhe offerecia a sua imaginação, Adalberto sentia as lagrimas nos olhos, e, comtudo, não queria chorar; mas ser forte, corajoso, e conseguir fugir, era, o seu unico pensamento.

Ah! se a boa velha Rosinha o tivesse visto n'aquelle miseravel estado, nunca teria podido reconhecer o seu querido loirinho; quando muito a senhora de Valneige, por instincto maternal, teria presentido n'elle o seu filho querido, o seu ultimo filho, o seu Benjamim! Quando Adalberto acabou de mascarrar-se, teve horror de si mesmo.

Ao mesmo tempo, como era cuidadoso, amaldiçoava o mofino rato que tinha roido a porta da adêga, e, sem nunca deixar de pensar em Adalberto, cuidava tambem em tapar aquelle buraco e vêr se quanto antes matava os ratos. Adalberto era o assumpto de todas as conversações. Ora, até que emfim chegaram!

Antes mesmo de saber o alphabeto correntemente, o rapazinho, quando o famoso annel se abria, nunca deixava de exclamar: Isto é um C, quer dizer Camilla; isto é um E, quer dizer Eugenio; isto é um F, quer dizer Frederico, e isto é um A, quer dizer Adalberto!

Queres fazer-me mal? Não, não, minha boa Gella, prommetto-lhe que hei de ter juizo, respondeu affectuosamente Adalberto, que o reconhecimento prendia á sua protectora. Não disse mais nada; mas olhava de longe para uma lanterna, que dava uma luz baça sobre os carvalhos. Era a da carruagem. A uns cem passos de distancia, Gella poz o pequeno no chão e deu-lhe a mão. Elle não pensou mais em fugir.

Ghega, arremessa-se á porta, bate, toca, chama, ninguem responde, parece tudo morto; as portas das janellas estão fechadas, é absoluto o silencio. O infeliz Adalberto ouve o respirar de Gella, e a bulha dos seus passos que se aproximam com uma rapidez incrivel. Emfim... eil-a... Elle a volta da casa, e diante de si uma fresta; ha pois alli uma adêga, uma casa de lenha, alguma coisa emfim que não é a casa do Saltimbanco. E depois, se Gella o leva, prisioneiro fugitivo, não vai elle levar pancadas do Hercules, ou da velha, ou de Karik, ou de todos tres, e ser mordido pelo cão? Vale mais a fresta!

Adalberto, apesar de haver um anno que via todos estes manejos, não se habituava a elles, indignava-se d'essa conducta e tinha horror áquella furia. Á sua pena juntava-se o receio de nunca achar maneira de pôr em execução o seu projecto. De que servia atravessar terras onde o prisioneiro podia fazer-se entender se nunca o perdiam de vista?

Palavra Do Dia

affirmativamente

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