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Atualizado: 14 de julho de 2025


Ao mesmo tempo o senhor de Valneige ainda convalescente fechou os olhos; chegou a sua vez de empallidecer; tornaram-se-lhe os beiços brancos, e Adalberto soltou um grito. O desmaio durou um instante; as companheiras, de viagem abriram as vidraças para dar ar ao doente. Todos olharam para elle e para seu filho. Esta grande emoção passou. Na primeira estação o pae e o filho desceram.

O prisioneiro viu bem que tudo estava acabado, que o crime estava consummado; que o tinham roubado! A velha furia, que parecia uma bruxa, era a sogra do homem do chapeu grande, a avó, não de Gella, a filha do amo, mas de seu irmão Karik, e o chamado Mentor de duas pobres crianças, Natchès e Tilly, um pequeno e uma pequena, cahidos como Adalberto nas mãos dos ladrões.

Gella, quer fazer-me um favor? Sim, mas qual? Não me trate nunca por esse feio nome quando estivermos sós; diga como diziam em casa: Adalberto. Oh! meu filho, o que me pedes tu? é impossivel. Está bem, chame-me como ainda agora quando me dizia baixinho: Pequeno, estás ahi? Pois sim. Dizia eu que o pae estava furioso.

Não se debrucem do poço, nem saiam fóra da grade que separa o pateo da estrada, não corram para longe durante o passeio, nem se aproximem muito do moinho de vento, etc. Adalberto sabia de cór estas prohibições e muitas outras.

Emquanto Natchès e Tilly se deitavam, um na estreita enxerga que partilhava com Karik, e a outra aos pés da cama de Praxedes, Adalberto lembrou-se que não tinha rezado a sua oração da noite, elle que conhecia Nosso Senhor. Mas o seu terror era tal que não ousou pôr-se de joelhos.

Dizias-me que o teu Deus ordena que se faça o bem pelo mal, e todos em Valneige me fizeram o mal pelo bem! Teu pae tinha-me escripto dando-me a sua palavra de honra. Devia não ter acreditado n'ella; acreditei porque me disseste que em tua casa nunca se mentia; e tu mentiste e todos me enganaram! Farão condemnar meu pae! Sou eu a causa disso, morrerei de pena, e és tu que me matarás, tu Adalberto!

Uma enorme aranha occupava o canto da direita; mas trabalhava com tanta actividade no seu officio de tecedeira, que o pequeno não lhe dava grande attenção; eram os bichos pretos que o atormentavam. Ainda que a vida n'este subterraneo fosse horrivel, sobretudo com os soffrimentos da fome, Adalberto por um lado desejava suster as horas, porque via com um susto progressivo o aproximar da noite.

Os grandes, como diziam em Valneige, sabiam que se não deve abusar da força, e como teriam de certo vencido Adalberto, tão pequeno e delicado, estes bons rapazinhos consentiam, seguindo os conselhos de sua excellente mãe, em ceder nas questões de todos os dias a proposito d'uma pella ou d'um peão.

Tambem, as pessoas que não andavam pelo bom caminho evitavam-na como se fosse lume; escondiam-se d'ella para fazer o mal, como quem se esconde de todo o instrumento de publicidade. Voltando ao que nos interessa; apenas a tia Tourtebonne perdeu o rasto de Adalberto, voltou-se para o dizer a alguem, e não viu senão o gordo Baptista, personagem pesado, enfadonho e improprio para a conversação.

Que o Hercules fosse preso, e que elle, Adalberto, fosse a causa, parecia-lhe uma desgraça bem pequena; mas excitar a vingança de um homem como aquelle, e entregar á sua terrivel colera Gella, que o salvára... que ingratidão! Caminhava devagar ao d'ella dando dois passos em quanto ella dava um. Quando chegaram poz-se a tremer; a boa rapariga apertou-lhe a mão e socegou-o.

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