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Emquanto o velho mundo arfando de cansaço Prostrado cae na luta; em fumo negro e denso Levanta-se a espiral d'esse moderno incenso Que offusca os deuses vãos, anuviando o espaço! Vós sois as creações fulgentes, fabulosas, Que, vibrantes, crueis, de lavas sequiosas, Mordeis o pedestal da velha Magestade!

O ar carboniza as arvores sequiosas N'uma rutila poeira intensa de ventosas. Dos montes nus além nas seccas epidermes Os rebanhos são como um pulular de vermes. E a bobada do céo, concha de zinco em braza, Onde não passa a nodoa aerea d'uma aza, Implacavel contempla a terra solitaria, Como um sultão fitando a carcassa d'um paria!

Era casado o Gebo e tinha esta felicidade: uma filha. Oh uma filha!... Uma filha sempre prende a existencia! uma filha pequenina sempre tem nas mãosinhas uma força! Assim esse velho ridiculo e gordo tambem fôra feliz outr'ora. Era d'estes lares apagados e sumidos, onde a vida corre com a monotonia d'uma fonte, sempre egual e prompta a apagar todas as boccas sequiosas.

De Castella se veem n'essa morada Agoas de duas côres deleitosas, Quando a nossa cidade está esgotada, Inda que o gesso as faz menos gostosas; C'o licor novo espera ser tirada A reima das entranhas sequiosas, Porque esse é o que aquenta a velha idade Desterrando a agoa-pé d'esta cidade.

Argos vigilantes, perdemo-nos enlevados na contemplação do thesouro, que assim nos traz presa a vista e a alma, sem nos lembrarmos, que em volta a esse pomo d'ouro, que com tanto amor guardamos, outras e muito formosissimas flores se definham e morrem, sem que produzam fructo, á mingua talvez d'uma gotta d'agua, com que a haver boa vontade se lhes poderia dar vida ás raizes sequiosas.

O que nos póde doer é que muitas almas sequiosas desconheçam tão bela fonte de noções moraes e mentais e se privem, por ingratidão mesquinha do meio, do pão artistico e espiritual que uma obra tão superior, como a de Jaime de M. Lima, lhes póde ministrar com grandes frutos para a Democracia e para a Verdade. Esse prejuizo causa horror.

Mas, em compensação, ella, a minha formosa andaluza, tem uma cousa que nenhuma mulher d'este mundo é capaz de ter ella tem o salero, isto é, o desprendimento olympico, titanico, por tudo quanto é vida e amor, o doce laisser-aller da arte, que é luz, e magnetismo luz, que abrasa em sua chamma aquellas candidas borboletas dos cafés, magnetismo, que adormece em seus braços aquellas ternas andorinhas, como as outras aves, suas irmãs, sequiosas de ar, de prazeres mundanos, de folgança, mas folgança, perfeitamente real, selvagem como o matar de um touro, o esfaquear de uma creatura, ou o abrazar de uma consciencia ella, a hespanhola, ella não é verdadeiramente uma mulher, mas muito mais do que isso: ella é um rapaz de saias, um pequeno demonio alegre, juvial, attrahente, um doce mysterio de dois sexos, incomprehensivel, que ao mesmo tempo participa de um, pela virilidade, pela audacia, pelo arrojo, e de outro pela meiguice inconsequente, pelo rir suavemente acariciador, e pela ternura extraordinariamente singular que as reveste.

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