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Em pequenas sebes de cana os craveiros inclinavam-se, cravos vermelhos d'um perfume que entontece, cravos brancos, mosqueados de violeta, cravos estranhos como nodoas nas epidermes.

Muitas d'estas velleidades, cunha a sociedade com o pomposo nome de amor, confundindo o appetecido contacto das epidermes com esse sentimento moral que subjuga o homem, que é o principio creador de todos os seus heroismos, que é a razão, o genio, a harmonia, o acto supremo da alma, a inspiração de Deus!...

E continuava a querer pintar, ainda o cerebro povoado pelas risonhas imagens, concupiscentes seios, rios translucidos, gemas coruscantes, dobras sensuaes de sedas, sobre o ambar da pelle das morenas, sobre a magnolia das epidermes branquissimas. Um dia, soube-se. Vagamente correu na cidade que o pintor magnifico cegára. A curiosidade durou tres dias.

E a incondicionalidade com que se lhe entregára a encantadora viuvinha, sem exigir d'elle um juramento, sem quasi reclamar direitos como quem concede uma volta de walsa, a alegria com que o seu riso leve e o seu espirito levissimo tinha o segredo de perfumar os capitulos ligeiros d'aquelle romance nunca interrompido por uma lagrima de despeito, ou escurecido por uma scena de ciume, enchera-o de reconhecimento e dera-lhe do amor, a elle que nunca o conhecera, a ideia com que o definiu Chamfort L'echange de deux fantaisies, le contact de deux epidermes.

As ruas surprehendidas por essas primeiras gottas de chuva hibernal, tinham sobresaltos e gritos de vida que procura abrigar-se, a um tempo frenetica e contente... mulheres apanhando os vestidos, homens erguendo as calças até á origem das polainas, chamando os trens, ou entrando á pressa nas escadas. O ar frio dava ás epidermes das mulheres um côr de rosa mais pudico.

E sobre a corrupção das brancas epidermes Luzentes de luar e d'esplendor dos ceus, Orgulhosos passando os triumphantes vermes, Da santa formosura os ultimos Romeus! Se tu minha alma livre ainda hoje conservas Memoria das vizões que amaste com fervor Ahi as tens agora alimentando as ervas De novo dando á terra o que ella deu á flôr!

O ar carboniza as arvores sequiosas N'uma rutila poeira intensa de ventosas. Dos montes nus além nas seccas epidermes Os rebanhos são como um pulular de vermes. E a bobada do céo, concha de zinco em braza, Onde não passa a nodoa aerea d'uma aza, Implacavel contempla a terra solitaria, Como um sultão fitando a carcassa d'um paria!

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