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Estes animaes costumão dar voltas sobre si, mettendo as extremidades por entre ellas, como as pontas d'um , e quando morrem, parece terem dado um perfeito. Tambem terás ouvido dizer que as andorinhas vão á beira do mar procurar e escolher uma pedrinha, conhecida pela pedra das andorinhas; e vem com ella no bico para abrir no ninho os olhos aos filhos, que sem esta operação os não abrem!

Eu gósto d'estas mulheres, d'estas candidas andorinhas, que, superiormente ás outras mulheres, suas irmãs, se alimentam no tepido halito da primavera, embriagadas e seduzidas pela doce irradiação do céu. Se péccam não é d'ellas a culpa.

Tinha sido melhor, disse elle, optarmos pelo estrangeiro. Isto aqui é triste. Ainda se as andorinhas se não calassem de noite... São os nossos unicos amigos, respondeu a dama. Se esta casa não é completamente sepulcro, a ellas o devemos. Mas, meu amigo, as andorinhas me bastam para conforto. Eu chorei porque estava triste; não foi que tivesse medo. Não te inquietes...

E entreviu, então, Gertrudes, atravez d'uma nuvem côr de rosa, em que o seu espirito se emballava, a imagem clara do primo Matheus, que a contemplava, a sorrir!... A guerra A volta das andorinhas A sésta do avô O Gallo preto Está no céo!

Por isso andam cantando de paiz em paiz, e chegam no inverno, quando a natureza emudece, partindo na primavera, quando as andorinhas regressam... São ricas, opulentas, e todavia o mais que guardam na sua mala são os seus anneis de cabello, as suas fitas e as suas rendas, coisas tão leves que o vento póde agital-as.

Não te crestem os serenos? Quando subiu ao Ceu Christo Depois da paixão da Cruz, Subiu por vós, ó estrellas! Que sois escadas de luz! Eu deixarei, ó trigueira, D'amar tuas tranças negras, Quando mandarem os sapos Sonetos ás toutinegras. Fecharam-se as violetas E dormem as andorinhas; A mim ha muito que o somno Desertou das noutes minhas! Ó bem amada das almas, Tão avara de carinhos!

Por entre os troncos musgosos alvejava a brancura do vestido de Júlia brancura que ficava pairando no ar macio... Frederico voltou a sentar-se. Uma grande, confusa tristeza abatia-se sôbre o seu coração... As primeiras manhãs de setembro tinham chegado. Emigravam as andorinhas e as rôlas bravas e no ar luminoso errava a melancolia vaga dum outono próximo.

Ao cabo de copioso pranto, Maria afasta do rosto as mãos, e continuando de joelhos, com o olhar vago, como em extasi, as mãos com os dedos enclavinhados sobre o regaço, diz em voz muito dolente: Não me resta uma esperança, Pois não me escuta ninguem! Dorme a eterna Divindade No azul da Immensidade, Nos horisontes d'além, Onde não chega um suspiro, Onde o silencio é profundo. Ha de ser bom tal dormir, Descuidoso do porvir, Descuidoso d'este mundo, N'aquelle reino divino Tecido por andorinhas, Feito para os honrados, Para os bons e desprezados, Para as meigas creancinhas... Tão sereno como o lago Da Galiléa florída, Que se formou por encanto Do arrependido pranto Da mãe Eva arrependida... Parece mesmo que o vejo No seu manto azul. Dir-se-ia Que o firmamento amoroso Teve a alegre fantasía De enviar á terra um beijo Puro, suave, bondoso... Parece mesmo que o vejo.

Da palma s'escreve e canta Ser tão dura e tão forçosa, Que pêzo não a quebranta, Mas antes, de presunçosa, Com elle mais se levanta. Co'o pêzo do mal que dais, A constancia qu'em mi vejo, Não somente ma dobrais, Mas dobra-se meu desejo, Com qu'então vos quero mais. Se alguem os olhos quizer Ás andorinhas quebrar, Logo a mãe, sem se deter, Huma herva lhe vai buscar Que lhes faz outros nascer.

Quem tintas vermelhas Ao Sol poente que arde? Quem coze as nuvens velhas, E accende o astro da tarde? Os campos dão renovos Tambem, n'outras espheras? Quem faz as primaveras? Quem faz os astros novos? Quem faz a ave-flor? Quem tinge o temporal? Quem faz a pomba, côr Do lyrio virginal? No Sol ha violetas, E rios, campos, vinhas? Dize, se nos planetas?... Tambem ha andorinhas...

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