United States or Democratic Republic of the Congo ? Vote for the TOP Country of the Week !


Daixae-me naufragar no cimo dos cachopos Occultos n'esse abysmo ebanico e tão bom Como um licor rhenano a fermentar nos copos, Abysmo que s'espraia em rendas de Alençon! E ó magica mulher, ó minha Inegualavel, Que tens o immenso bem de ter cabellos taes, E os pisas desdenhosa, altiva, imperturbavel, Entre o rumor banal dos hymnos triumphaes;

E eu cheio de tristeza e d'anciedade, Continuo a scismar como um abbade Na Virgindade olympica e cruel. Por que andas tu mal commigo? Ó minha doce trigueira? Quem me dera ser o trigo Que, andando, pisas na eira! Quando entre as mais raparigas Vaes cantando entre as searas, Eu choro ao ouvir-te as cantigas Que cantas nas noutes claras!

Essa terra que pisas crês que é um solo remido por tuas mãos: repara porém; olha que é um sepulchro. Amplo é o sepulchro de um povo: dentro em breve tu ahi calarás para sempre. Creste-te forte, porque sabes rugir como a panthera: mas somente Deus é grande. Encheste o vaso das tuas iniquidades; elle trasbordou, e a terra ficou polluida.

Ah! não ser eu o marmore que pisas... Calçava-te de beijos! Ao terminar a transcripção d'este mimosissimo trecho, sinto não poder attribuir a João de Deus a chave que o fecha. Mas que importa isso? Prouvera a Deus que os plagiatos, de que a litteratura anda eivada, se pautassem por este!

Morrer chorando, n'um choro Que mais as magoas consolla, Levando o thesouro Da nossa triste violla! Por que andas tu mal commigo? Ó minha doce trigueira? Quem me dera ser o trigo Que, andando, pisas na eira!

Palavra Do Dia

alindada

Outros Procurando