United States or Palau ? Vote for the TOP Country of the Week !


Vês a commum corrente deste rio Que ora tanto se pára, ora anda tanto, Deixando de seu curso o certo fio? Vês como a Philomella deixa o canto, Com que incita os pastores namorados, E multiplica Progne o triste pranto? E vês, emfim, por todos esses prados Desmaiadas as hervas, que sohião Viçoso pasto dar aos nossos gados?

Deixae, ó Amadryas, entretanto As plantas que guardais, por ajudar-me, Pois deixa a Philomella o doce canto. E vós, ó vida minha, pois curar-me Ja não podeis, deixae-me juntamente, Porque lembranças taes possão deixar-me. Mas se dellas morreis, morro contente.

De 1862 a 1863 escreveu Gomes Coelho o romancezinho Novellos da tia Philomella, que principiou a ser publicado no Jornal do Porto em 22 de janeiro d'este ultimo anno. Foi em Ovar, onde o deixamos em patriarchal tranquillidade, que planisou e traçou os primeiros capitulos das Pupillas do senhor reitor.

Cumpre notar que em 1870 sahiram em volume, editados pela casa Moré, e sob o titulo de Serões da provincia, os quatro romancezinhos Apprehensões de uma mãe, O espolio do senhor Cypriano, Os novellos da tia Philomella, e Uma flor d'entre o gelo.

A rôla seu amor suspira e geme; Escondida se queixa Philomella: Parece que do campo inda se teme. Espanta a quem se atreve, ver aquella Rocha por cima d'ágoa pendurada Como ja se não deixa cahir nella. Ó ribeira do Lima, celebrada De mil brandos espritos sempre sejas, Sempre de brandas Nymphas povoada.

Mas o que D. Antonio da Costa não teve tempo de ver e apalpar foi o miôlo, a medula, as entranhas romanticas do Minho; quero dizer os costumes, o viver que por aqui palpita no povoado d'estes arvoredos onde assobia o melro e a philomella trilla. Ah! meu amigo! Romances, tecidos de cazos candidos e innocentes, apenas os fazem por aqui os passaros em abril quando urdem e afôfam os seus ninhos.

Por ti o puro sol me descontenta; Com seu canto m'offende a Philomella: Mas, porque nelle chora, me contenta. Por ti, Natercia pura, Nympha bella, Na verdura suave deste prado Os males multiplico com vella. Por ti não curo ja do manso gado: Com o mesmo qu'então meu bem crescia, Agora vai crescendo o meu cuidado.

Palavra Do Dia

dormitavam

Outros Procurando