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Quem fala em medo!? Para enxotar como um rebanho de ovelhas toda essa plebe, toda essa espuma... basta o meu cavallo e o meu chicote!... Nem tanto, senhor duque! observou Magendie. Os portuguezes são homens e soldados. Mais de uma vez o têem provado. Perguntae aos hespanhoes... e ao senhor conde da Ega, que hão de conhecel-os. Herman sorriu-se. O conde parecia petreficado.

Perguntae ao selvatico das florestas invias o que é o seu hamac, e ao europeu o que é o seu almadraque de plumas, tão crato e flacido ás evoluções corporeas. Perguntae ás bellas europeas que lhes faz a grinalda de brilhantes, e ás bellas da Florida que prazer lhes insinuam os vitreos adornos de variegadas côres.

E os versos d'elle, onde a saudade existe, Que á despedida te gritou tambem, Ah! não são mais que uma mentira triste: Como tudo, a final, que nos faz bem. Poetas! perguntae ao pensamento Que mais chimeras e desgraças forge? Antes te séque um raio, ou parta o vento! Ó Acacia do Jorge...

Oh! o futuro é a dourada cadeia, que põe directamente a terra em communicação com o céu; o futuro, o que ha de vir, é sempre um orvalho, que dulcifica os amargores da desventura. Perguntae ao desgraçado que força occulta e mysteriosa o prende ainda a este mundo de miserias. Perguntae ao sabio porque estuda, e ao operario porque trabalha, e á mãe porque ama, e ao filho porque obedece.

O que perde o homem é o orgulho, quando não é a inveja. A par de tantas ambições vale-nos a preguiça, que as domina e refreia. Porque subira Julio? que força occulta o tornava sympathico e favorecido da fortuna? Perguntae á felicidade quem a creou, quem lhe deu origem, quem a tornou forte e independente! O acaso é, muitas vezes, e sem o sabermos, a causa da nossa ventura e das nossas acções.

Perguntae ao mancebo, que ouviu o que vai pelas margens do Mondego, sem nunca ter pisado as suas arêas de oiro, perguntae-lhe por seus desejos, e elle vos dirá simplesmente se eu podesse ir a Coimbra! e ahi deixa resumido o scismar de longas horas.

Não interrogueis os que o crime despenhou; não insulteis a desgraça; não amargureis mais aquelles corações devastados e corroidos pelo crime, onde poderá haver ainda alguma fibra incorrupta e sensivel; mas perguntae a vós mesmos que educação receberam aquelles miseros de seus progenitores? que sorrisos e carinhos lhes cercaram os berços? que palavras ouviram aquelles entes ao entrar na vida? que exemplos tiveram para seguir? quaes as escolas, a que os mandaram? que affectos semeiaram n'aquelles corações? quantas vezes lhes apontaram para o céo e lhes fallaram de Deus? que noções lhes deram da verdade, da justiça, da honra, do dever? que meios empregaram para lapidarem aquelles diamantes? que processo adoptaram para desinvolver-lhes a intelligencia?

No esplendido poema da creação, em que tomam parte as aves com os seus cantos maviosos e os homens com o seu trabalho, quasi se poderia dizer que um suave perfume, ethereo e subtil, põe a terra em communicação com o céu. Perguntae ao rio, porque geme, e ao oceano, porque brame, e ás arvores, porque crescem, e á terra, porque produz, e á nuvem, porque corre, e á flor, porque perfúma? Perguntae...

Este deus in nobis, unica das divindades campestres em que se pode crer, perguntae se não será para muitas invejas aos taciturnos enxames que pejam escritórios e secretarías; perguntae-o a quasi todos os que remam á consciencia o seu remo na galé baloiçosa do Estado. ¿Quem mais livre?

Perguntae ao pobre, porque se embriaga, á mulher porque se prostitue, e ao escravo porque se vende. Embriago-me responder-vos-ha o pobre porque me quero esquecer do sangue que vertem as minhas feridas. Prostituo-me dir-vos-ha a mulher porque tenho fome. Vendo-me exclamará o escravo porque a sociedade me repudia. E teem razão.

Palavra Do Dia

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