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No esplendido poema da creação, em que tomam parte as aves com os seus cantos maviosos e os homens com o seu trabalho, quasi se poderia dizer que um suave perfume, ethereo e subtil, põe a terra em communicação com o céu. Perguntae ao rio, porque geme, e ao oceano, porque brame, e ás arvores, porque crescem, e á terra, porque produz, e á nuvem, porque corre, e á flor, porque perfúma? Perguntae...

Reina em silencio a lua: o mar não brame, Os ventos nem bafejam; Rasas co' a terra, nocturnas aves Em gyros mil adejam. No plaino pardacento, juncto ao marco Tombado, ou rota sebe, Aqui e alli, de ossadas insepultas O alvejar se percebe.

A meus paes fugi mesquinha Fugi nas azas do vento Triste sorte foi a minha!... *O Marquez de Pombal* Le Roi Faineant cerrará os olhos E partira entre nuvens para o ceu Surge, depois, na côrte um escarceu Que brame da vingança nos escolhos D'altas vagas de bronze nos refolhos Poz a Intriga um galeão como trofeu A effigie de Pombal tinha em labeu Jaz na poeira, no olvido, e nos abrolhos.

O mar, que d'aqui longinquo, todo do poeira verde, é tragico e feroz. Brame de furia, despedaça.

Não vês tu como inconstante Num instante, Ruge o sul, e turba o ceo, E que o mar, quedo, azulado, Brame irado, Sacudindo alto escarceo? Não tens visto na manhã, Flor louçã, Junto ás aguas rebentar, E á tarde, murcha, pendida, sem vida, Sem perfume, a desfolhar? Pois então queres, amiga, Que eu te diga Que o amor não é assim? Quando tudo empallidece, Se emmurchece, Se desbota, e morre emfim?!

Qual o fervente mosto em talha escura, Quando a tinta lhe lançam espremida, Por aqui, por alli sair procura Com impeto e braveza desmedida; A adega brame toda co'a fervura, Bota o bagulho fóra a escuma erguida, Tal andava o tumulto levantado Entre um bebado e outro apaixonado.

Sobre essa encosta, sobranceira aos campos, De sangue ainda impuros, Onde o canhão troou, por mais de um anno, Contra invenciveis muros, Eu, tomando o alaúde, irei sentar-me; Pedir inspirações A amiga noite, o genio que me ensina Suavissimas canções. Reina em silencio a lua, o mar não brame, Os ventos nem bafejam..... Mas que ossadas são estas, que na encosta, Aqui e alli, alvejam? Esses?