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Quando ergo á noite os olhos scismadores Á cupula do ceu, cheia de mundos, E perco-me nos páramos profundos D'um mar sem fim de tremulos fulgores: O ceu, qual templo levantado á Vida, Armado de riquissimo thesouro, De par em par descerra as portas d'ouro, E attrae a si minha alma embevecida!...

Se é!... Se me não tivesses interrompido, sabias a razão porque o sou... Nada de interrupções... Se começo a divagar, digo diabruras, perco-me em abstracções, que te hão-de parecer pretenciosas, e vai a historia... Palavra, que não te interrompo... Quando sahimos de Alpedrinha, as minhas intimidades com Miquelina eram suspeitas ao pai, que não se entremettia paternalmente no negocio.

Na Hollanda de Ramalho Ortigão, n'essa fulgurante e magnifica Hollanda, tão deliciosamente phantasista, perco-me eu a cada instante n'um enlevo de admiração sentida, e é das suas paginas, coloridas como um quadro de Rembrandt, que eu tento dar, aos que as não leram ainda, uma idéa, posto que imperfeita, remota, incompletissima.

Eu triste, encobrindo meus males della, Perco-me por ella. Se flores deseja Por ventura bellas, Das que colhe dellas Mil morrem d'inveja. Não ha quem não veja Todo o melhor nella: Perco-me por ella. Se n'ágoa corrente Seus olhos inclina, Faz a luz divina Parar a corrente. Tal se , que sente Por ver-se a ágoa nella: Perco-me por ella.

Não nos falte, senhor parocho, não nos falte!... Amelia estendera-lhe a mão, para se despedir alli no quarto; mas Amaro gracejando: Se não lhe causa incommodo, menina Amelia, sempre é bom vir mostrar-me o caminho, que eu perco-me n'este casarão. Sahiram ambos. E apenas no salão, a que as tres largas vidraças davam ainda uma claridade: A velha faz-te a vida negra, filha, disse Amaro parando.

Dous tormentos vejo Grandes por extremo: Se vos vejo, temo, E se não, desejo. Quando me despejo, E venho a escolher, Temendo o desejo, Desejo temer. Pastora da serra, Da serra da Estrella, Perco-me por ella. Voltas. Nos seus olhos bellos Tanto Amor se atreve, Que abraza entre a neve Quantos ousão vellos. Não sólta os cabellos Aurora mais bella: Perco-me por ella.

A carne rasgada, a carne aberta e estripada, o sangue correndo! Agora, no auge conciso de sonhar o que vós fazíeis, Perco-me todo de mim, não vos pertenço, sou vós, A minha femininidade que vos acompanha é ser as vossas almas! Estar por dentro de toda a vossa ferocidade, quando a praticáveis! Sugar por dentro a vossa consciência das vossas sensações Quando tingíeis de sangue os mares altos, Quando de vez em quando atiráveis aos tubarões Os corpos vivos ainda dos feridos, a carne rosada das creanças E leváveis as mãis

Adeus, pequena... Agasalha-te. Não te constipes... Sahiu; e ao fechar com força a porta exclamou alto: Isto é a infamia das infamias! Eu mato-o! eu perco-me! Esteve um momento considerando e partiu para a rua das Sousas, de guardasol em riste, apressando a sua obesidade, com a face apopletica de furor. No largo da , porém, parou a reflectir ainda; e rodando sobre os tacões, entrou na igreja.

Sim... esse sentimento é muito nobre... Eu é que sou o cynico... Tens razão... estou estragado a ponto de não comprehender a nobreza d'esse sentimento... Prega essa moral, verás o galardão que recebes... Jorge. Não me importa a sociedade... Perco-me por aquella mulher... Era ella quem eu amava... Casei com Leocadia por um capricho... mas a mulher do meu coração era Julia... Eduardo.

Não teve esta serra No meio d'altura Mais que a formosura, Que nella se encerra. Bem ceo fica a terra, Que tẽe tal estrella: Perco-me por ella. Sendo entre pastores Causa de mil males, Não se ouvem nos vales Senão seus louvores. Eu por amores Não sei fallar nella, Sei morrer por ella. D'alguns, que sentindo Seu mal vão mostrando. Se ri, não cuidando Qu'inda paga rindo.

Palavra Do Dia

vagabunda

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