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Mas depois, certo dia, o homem , absôrto, Que o sepulcro é aberto e não encerra o morto! JUDAS tomado de vago terror: Justos ceus! MARIA animando-se: Has de vêr, com a tua alma inquieta, Saír do seu casúlo a enorme borboleta, Que n'esta hora talvez as palpebras descerra, Encher de luz o espaço e de pavôr a terra, Da grandeza de Deus ser vivo testemunho...

Não vem de mim nem da terra Que tal ouvir não encerra O que este peito descerra N'um hymno de tanta : Eu scismo ás vezes de amores, Porém são outros ardores, Outros são os seus fervores, Outro amor que este não é...

Chega a época de D. João I, e pela influencia de D. Filippa de Lencastre, a mulher começa a divinisar-se: deixa de ser uma cousa para ser alguem. Forma-se a sua individualidade. Depois d'uma curta transição, em que a rainha, percebendo a necessidade de disciplinar as paixões brutaes dos homens, privou da escolha o instincto e estabeleceu como que perdoem-me a palavra uma coudelaria da côrte, determinando casamentos, desapparece a posse brutal, quebra-se a grilheta do Eu quero aquella mulher, e illuminada por uma aurora de sonho e de fantasia, ella descerra os labios tremulos e murmura pela primeira vez: «Eu amoInicia-se o seu poema, nasce a flôr do sentimento.

Eu, perdido n'um canto da platéa, escutava, como escuto sempre quando vou ao theatro lyrico. N'isso devo confessar-lhes que tenho idéas um pouco originaes. O panno, que sóbe lentamente no principio da opera, descerra para os outros espectadores meia duzia de taboas rodeadas por bastidores de lona, onde uns poucos de artistas vão cantar umas poucas de arias para divertimento do publico.

Ergue a fronte... descerra os labios... Ah! dir-se-ia Que vae falar-me! Oh! cala-te! Fui eu Que te entreguei, ó Mestre, ao inimigo teu! Não me accuses, que sinto em mim a accusação; Tem os dentes da cobra e as garras do leão! Anda aqui dentro ouviste? a esfarrapar-me todo!

Que destino adverso as amedronta para fugirem pálidas, vencidas, as sombras carinhosas do luar em que a nossa alma e a terra redimidas cantavam confiadas e felizes, como se estranha as afoitasse a dizerem segredos do seu seio, como se a sombra feita de ternura as confessasse e ouvisse cautelosa e lhes rasgasse os véus do seu mistério?!... Porque passaram, assim breves e inquietas, e tão pouco duraram beatitudes da salutar brandura que descerra os mundos de paz e ventura, onde no extasi se dissipam mágoas, e a culpa se apagou, e não existem nem mentira ou traição ou a fraqueza?!... Para mais queridas serem e desejadas, foram curtas, aladas como fumo, essas graças celestes do luar que em seus tronos pozeram as quimeras, resplendentes, coroadas nas alturas?!...

Ao passo que me opprime este cruel receio De vêr barafustar o nosso Mestre em meio Dos inimigos seus, mais frio do que a neve Se torna o meu olhar. JUDAS tôrvamente: Deve ser isso, deve... E depois de algum silencio, ironico: Costumado a subir nos estos d'esse amor Aos mundos do Ideal, o candido fulgor Transforma-se em desdem, e apenas se descerra Perante a mesquinhez que roja pela terra!

De contínuo escutará vozes divinas, e há-de segui-las, destilando os sucos, que pela raiz beber na aspereza fria. Das entranhas do chão tira e semeia, constantemente, ou se mova ou pare, a rescendente esmola das doçuras com que suaviza a fome a quem trabalha e descerra em sorrisos de alegria, flores sanguíneas! os lábios das crianças.

Eu sou bem como a flor que não descerra Em clima alheio. Que importam teus encantos? Não és, terra do exilio, a minha terra. Renasço, amigos, vivo! Ha pouco ainda Disse ao viver: «Afunda-te no nada!» E , bem vêdes, surjo á luz dourada, No labio o rir, no peito esp'rança infinda! Ah, flor da vida! flor viçosa e linda!

Quando ergo á noite os olhos scismadores Á cupula do ceu, cheia de mundos, E perco-me nos páramos profundos D'um mar sem fim de tremulos fulgores: O ceu, qual templo levantado á Vida, Armado de riquissimo thesouro, De par em par descerra as portas d'ouro, E attrae a si minha alma embevecida!...

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