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Assim foi que nossos decimos avós, se eram menestreis e cytharistas, procederam com as filhas e açafatas dos reis, não contando com as portuguezas, tirante as inspiradoras de D. João da Silva e de Bernardim Ribeiro que as restantes princezas saíram todas muito descaroadas de poetas, de theorbas e cytharas, bem que a musica foi sempre bemquista dos nossos monarchas, desde D. Pedro I, que tangia trombeta bastarda, até D. João IV, que tocava tudo, compunha motetes, e escrevia livros ácerca da musica.

Tal foi o trovar nas eras juvenis dos enthusiasmos, quando os homens que não eram cavalleiros eram poetas, os que não eram poetas eram menestreis; quando a mulher na Europa tinha um altar, e Christo na Asia um sepulcro, e a devoção d'aquelle sepulcro e a d'este altar traziam em fluxo e refluxo contínuo as povoações. ¡Extraordinarios tempos, em que a heroicidade era lyrica, e as fraquezas heroicas! tempos extraordinarios, resumidos em dois versos pelo seu chronista epico, o Ariosto: Le donne, i cavalier, l'arme, gl'amori, Le cortesie, l'audaci imprese io canto.

Teus menestreis te venderão seus hymnos, Nos banquetes opiparos, em quanto O negro pão repartirá comigo, Seu trovador, o pobre anachoreta, Que não te inveja as ditas, como aos bardos Do prazer dissoluto eu não invejo Essas crôas, que ás vezes cingem frontes, Onde, por baixo, se escreveu Infamia! *A Voz.* A Voz.

E se estes versos te contristam, rasga-os. Teus menestreis te venderão seus hymnos, Nos banquetes opiparos, emquanto O negro pão repartirá comigo, Seu trovador, o pobre anachoreta, Que não te inveja as ditas, como as c'roas Do prazer ao cantor eu não invejo; Tristes coroas, sob as quaes

Aquelles que as conhecem, que as vêem e lhes fallam todos os dias, é possivel que se não impressionem com o aspecto d'estas creaturas transcendentes. Para quem as encontra de perto pela primeira vez em sua vida não ha cousa no mundo que mais perturbe. Homens habituados a arrostar com as mais violentas commoções, a olharem denodadamente para o perigo, para a desgraça ou para a gloria, tremem diante d'esta simples coisa: o primeiro contacto de uma mulher elegante! D'ahi vem o velho prestigio magnetico das rainhas sobre os pagens, das castellãs sobre os menestreis.

Nas paredes estão, nas preciosas telas, Pintados menestreis, pastoras e guitarras, Debruçam-se os jasmins nas grades das janellas, E os lyrios, como uns ais, morrem nas finas jarras. Tudo agonisa ao , n'aquella solidão!... Solidão de mulher distincta e perfumada! Cuja pelle é talvez mais fina que a pomada, E as farinhas d'Italia e as sedas do Industão!...

Estas representantes das poeticas e vaporosas castellãs, que na meia idade premiavam os campeadores na liça, os guerreiros na volta dos combates, e os menestreis e pagens que lhes endereçavam conceituosos galanteios nos estrados das salas, tinham perdido muito da poesia do typo primitivo.

A religião manifestava entre os barbaros um espirito poetico e nebuloso, que lhe davam os bardos, como entre os celtas cantando hymnos, em que eram glorificados os deuses e os grandes actos dos heroes nacionaes. Foram estes bardos, que na Edade-Media deram origem aos famosos menestreis.

Os romances, as xacaras, as baladas e os solaus, com as suas castellãs, os seus paladinos, os seus pagens, os seus menestreis e os seus respectivos attributos lanças, montantes, elmos, guantes de ferro, falcões, adagas, béstas e bandolins, pediam um scenario de fortificação feudal, fossos e pontes levadiças, revelins, caminhos de ronda, ameias, torres de menagem, amplas chaminés com trasfogueiros forjados, ogivas e abobadas.

Ninguem se importa com o nome dos menestreis das ruas, mórmente quando todos os musicos ambulantes parece chamarem-se Pietros.

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