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Em tempos de lazer para obras de piedade, é que a instituição caritativa se fundou, como implemento de uma necessidade que existia. As pontes de Vouga e Marnel são indicios bem importantes da frequencia das viagens através d'esta parte da região, afastada da costa baixa e paludosa.

Era miradoiro, e era escuta tudo junto. ¡Quantas vezes d'ali não captavamos nós, poucos annos depois, o rolar dos trovões da artilheria na acção da Ponte do Marnel, e muito mais a longe, no cerco do Porto! ¡sons lugubres que vinham resaltando de cabeço em cabeço encher de enigmas e sustos a nossa descuidosa solidão! Apezar de tudo, conservo saudades da boa da palhoça.

Sete annos eram passados desde a tarde em que os moradores de Algoço tinham lançado sobre o corpo de Garcia do Marnel os ultimos punhados de terra. Sueiro Lopes, n'esse intervallo, tres vezes casado, e outras tantas viuvo, cada vez se havia feito mais aspero e cruel. Mal raiava a manhã as buzinas acordavam logo as solidões.

E o nosso philosopho? O nosso philosopho, recolhendo-se alta noite, ía todo o caminho provando a si mesmo que não ha diabos no mundo, nem almas, nem talvez Deus; mas sentindo arripiarem-se-lhe os cabellos ao vêr dançar a phosphorescencia d'algum marnel, rezando o credo em cruz ao passar por algum cemiterio, benzendo-se ao ouvir piar algum mocho.

Sem retirar, ou entregar a mão, que o mancebo prendia nas suas, a neta de Garcia do Marnel, esquecido o conselho de Aldonça, respondeu singelamente: Tello, não vos darei o sim; não quero arrepender-me. O filho de Ayres Vasques, do mais abastado morador da terra de Miranda, não deve escolher a sua noiva entre as donzellas mais pobres e desvalidas de Algoço. Amo! Porque hei de negal-o?

Mas os indicios pre-romanos e romanos soletram-se nessas ruinas de muralhas, pedras lavradas, vestigios de edifícios e toponymia, que os cabeços de Vouga e Marnel nos conservam, segundo descrevem Brito, Pinho Leal e os parochos do sec. XVIII nos extractos publicados pelo Archeologo Português. Varios autores o seguem. As razões d'este illustre escritor do sec. XVI merecem alguma discussão.

Era opinião geral que o deputado de Miranda, desgostoso do governo e da opposição, se retirara, convicto da fraqueza de seus hombros contra o colosso, que tombava sobre o desangrado Portugal. As gazetas realistas indigitavam Calisto como exemplo de peito illustre e invulneravel no marnel de febres podres em que ardiam e patinhavam miseraveis ambiciosos.

Porque lhe esmorece a ella de subito a vermelhidão das faces affrontadas da corrida? porque lhe bateu o coração no peito tão atropellado? Tello Vasques, o melhor besteiro depois da morte de Garcia do Marnel, era o noivo que as raparigas das cinco aldeias visinhas disputavam com mais inveja. Debalde!

Sobre as vozerias, latidos, e relinchos soavam, sem cessar, os gritos de cavalleiro: Avante! Sus! Aboca! Tocavam buzinas, estalavam lategos, o tropel, ennovelado desappareceu atraz da pista. Garcia de Marnel, o dono do campo, fôra o melhor besteiro dos sitios. O mais rijo arco dobrava-se, como vime, em suas mãos, e a seta da sua aljava atravessara sempre o alvo.

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