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De dia, quando o Sol aquece o mundo, E os entes se propagam, nascem, crescem; De noite quando os astros resplandecem N'aquellas solidões d'um mar sem fundo: Se á tua sombra estou, sinto n'esta alma Cair da doce côr que o Sol te veste, Da paz que tens, o balsamo celeste Que em meu peito as paixões serena e acalma!...

Que mal te faz uma oração erguida, Nas solidões, por voz sumida e frouxa, E que, subindo aos céus, Deus escuta? Oh, não insultes lagrymas alheias, E deixa a ao que não tem mais nada!...

Os arabes collocavam os cemiterios nos logares mais saudosos dessas solidões, nos pendores meridionaes dos outeiros, onde o sol, ao pôr-se, estirasse de soslaio os seus ultimos raios pelas lagens lisas das campas, por entre os raminhos floridos das sarças açoutadas do vento.

Incertos rumores, d'aquelles que percorrem um paiz em tempos similhantes e que augmentam e exaggeram, confundem todos os successos tinham chegado até ás pacificas solidões do valle com as notícias de combates sanguinarios, de commoções violentas, de desacatos sacrilegos, de vinganças e reprezalias atrozes tomadas pelos aggressores, retribuídas pelos que se defendiam.

Odios, fanatismos politicos, ancia de gloria popular, ambições, miserias humanas, não existiam para elles. Os mares e os seus terrores, as solidões profundas das serranias, o ruido das torrentes, o sibilar dos ventos por gandras bravias, não imaginavam o que fosse.

Honra ao propheta! Oh margens do Jordão, paiz formoso Que fostes e não sois, tambem suspiro Condoído vos dou. Assim fenecem Imperios, reinos, solidões tornados!... Não: nenhum deste modo: o peregrino Pára em Palmyra e pensa.

E d'aquellas solidões se aqui Chegar gemido que uma pedra estala, Que um cedro vibra, que um carvalho abala, Sou eu que o solto por amor de ti... De ti! que em folha que varrer o ar, Em rama, em sombra que bandeie a aragem, De fito sempre n'essa cara imagem Verei, sorrindo, sentirei passar! De ti, que em astros desenhei nos céos! De ti, que em nuvens desenhei nos ares!

Na serena missão de paz que tu cumpriste Ó suave Jesus, ó doce galileu, Que santa singeleza e que perfume triste Do teu casto perfil no mundo rescendeu! Havia no teu verbo aquella unção divina Que a velha harpa de Job soltou nas solidões, E o bello, o puro sol da antiga Palestina Suave contornou, de luz, tuas feições!

Tu, que ao misero ris com rir tão meigo, Calumniada morte; Tu, que entre os braços teus lhe dás azylo Contra o furor da sorte; Tu, que esperas ás portas dos senhores, Do servo ao limiar, E eterna corres, peregrina, a terra E as solidões do mar, Deixa, deixa sonhar ventura os homens; filhos teus nasceram: Um dia accordarão d'esses delirios, Que tão gratos lhes eram.

Assim fenecem Imperios, reinos, solidões tornados!... Não: nenhum deste modo: o peregrino Pára em Palmyra e pensa: o braço do homem A sacudiu á terra, o fez dormissem O seu ultimo somno os filhos della E elle o veio dormir pouco mais longe: Mas se chega a Sion treme, enxergando Seus lacerados restos.