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Foville, Obr. cit., pag. 341. Ora, ao passo que o megalomano-perseguido seria as mais das vezes, segundo Foville, um delirante-allucinado, o perseguido-megalomano, pelo contrario, seria sempre um allucinado-delirante.

Ora, segundo Foville, não é de modo nenhum indifferente para a natureza mesma da doença que a successão das duas ordens de symptomas se realise n'um sentido ou n'outro, porque o allucinado-delirante é, em regra, um perseguido que póde tornar-se megalomano, ao passo que o delirante-allucinado é mais vezes um megalomano que póde vir a ter idéas de perseguição.

A loucura parcial, que importa não confundir com a monomania de Esquirol, representaria, segundo Foville, as alienações caracterisadas pelo conjuncto d'estes caracteres: presença de um delirio systematisado, ausencia de um estado habitual depressivo ou expansivo, existencia de perturbações sensoriaes, e chronicidade.

Foville, La folie avec prédominence du délire des grandeurs, pag. 345. E accrescenta: «Estas idéas terão, sobretudo, tendencia a produzir-se nos casos em que, antes de doente, o individuo teve de soffrer no seu orgulho ou nos seus interesses pelo facto da irregularidade ou do mysterio do proprio nascimento.

Erro de Foville sobre as relações dos delirios systematisados com as allucinações; como se perpetuou na psychiatria franceza Uma antiga idéa de Magnan, exposta por Legrain, sobre este assumpto; falsidade d'essa idéa Primitividade da concepção sobre a allucinação nos delirios paranoicos Uma rectificação de Magnan.

Retomando, porém, annos depois a questão, Foville admittiu para ella duas ordens de soluções, desigualmente frequentes: uma, relativamente rara, em que o delirio é primitivo e as allucinações secundarias; outra, muito commum e, no delirio de perseguições, constante, em que a relação inversa se realisa.

Foville, Loc. cit., pag. 347.

A razão d'isto, no dizer de Foville, vem de que na loucura parcial as allucinações primitivas são, como estabelecera Lasègue, preponderantemente, senão exclusivamente as do ouvido, de um caracter, em regra, penoso ao principio e de molde, portanto, a gerarem um delirio depressivo.

Pondo de parte, por alheio ao nosso estudo, este ultimo caso, vejamos o que Foville pensava do primeiro.

Vamos vêr que n'um ponto de maxima importancia, não tratado pelo eminente professor da faculdade de Paris no seu trabalho de 1852, Legrand du Saulle acompanha a memoria de Foville. Refiro-me á passagem do delirio de perseguições ao de grandezas, explicada, como vimos, por Legrand du Saulle acceita esta mesma pathogenia. «Depois, diz elle, de ter soffrido tantas hostilidades da parte de implacaveis inimigos, depois de ter sido victima de tantas intervenções devidas á magia ou ao electro-magnetismo, o perseguido recolhe-se por vezes e pensa: Como podem em pleno seculo XIX produzir-se factos d'esta natureza?

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