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Como Lasègue, Legrand du Saulle explica a transição do primeiro ao segundo periodo por um acto de reflexão do perseguido, por um verdadeiro raciocinio. «O doente, escreve Legrand du Saulle, diz a si proprio e aos outros que não são naturaes as inquietações e angustias que experimenta, que lhes não encontra causa no meio em que vive, no estado da propria saude, no da propria fortuna.

Como Lasègue, Legrand du Saulle descreveu dois periodos no delirio de perseguições: um, de começo, exteriorisado por uma inquietação indefinivel e de nenhum modo comparavel á do homem normal que tem um grande interesse compromettido; outro, de estado, caracterisado pela definitiva systematisação das idéas delirantes formando um romance invariavel para cada doente.

Negaram-lh'a; mas concederam-lhe que a familia o fosse visitar nos arraiaes movediços de sobre as ondas. Legrand tinha residencia em S. Domingos, onde se desfadigava das batalhas navaes, exercitando os seus leões do mar. Obrigou, portanto, o prezadissimo escravo a viver com elle.

E é assim que o doente se sente naturalmente levado a pensar que inimigos occultos, interessados em perdel-o, se reunem e procuram fazel-o soffrer» . Legrand du Saulle, Obr. cit., pag. 17.

Antonio de curou muitos mutilados n'uma abordagem aos galeões de Hespanha, e, pela pericia com que o fez n'um grave ferimento de Legrand, ficou desde logo nomeado escravo e medico do almirante. Meu sogro assistiu ao assalto de Maracaibo, riquissima cidade e bem guarnecida, que se deixou entrar e saquear por quatrocentos salteadores.

Meu sogro saiu felizmente do encargo, e foi considerado por isso medico da casa do governador. N'aquelle anno, que me parece seria o de 1697 ou 98, segundo as confusas lembranças de minha sogra, meu sogro foi mandado embarcar n'uma náo de quatro peças, da qual se arvorára almirante um francez chamado Legrand, o mais temivel flibusteiro d'aquelles mares.

O trabalho de Legrand du Saulle, excepção feita dos capitulos consagrados ao tratamento, á medicina legal e ao contagio do delirio, que nada teem que vêr com a constituição scientifica da doença, não é senão um desenvolvimento da memoria de Lasègue, cuja ordem de exposição adopta e cujas expressões mesmo não raro se apropria. Legrand du Saulle, Le Délire des persécutions, pag. 11.

Vamos vêr que n'um ponto de maxima importancia, não tratado pelo eminente professor da faculdade de Paris no seu trabalho de 1852, Legrand du Saulle acompanha a memoria de Foville. Refiro-me á passagem do delirio de perseguições ao de grandezas, explicada, como vimos, por Legrand du Saulle acceita esta mesma pathogenia. «Depois, diz elle, de ter soffrido tantas hostilidades da parte de implacaveis inimigos, depois de ter sido victima de tantas intervenções devidas á magia ou ao electro-magnetismo, o perseguido recolhe-se por vezes e pensa: Como podem em pleno seculo XIX produzir-se factos d'esta natureza?

Uma parte nova e valiosa do trabalho de Legrand du Saulle é a que se refere ao diagnostico differencial entre o delirio de perseguições idiopathico e o que, como syndroma, apparece na demencia senil, na paralysia geral, no alcoolismo subagudo e nas intoxicações pelo chumbo e pelo sulfureto de carbone.

Legrand du Saulle, Obr. cit., pag. 84. «Acabamos de constatar, continua Legrand du Saulle, erros grosseiros sobre a personalidade dos outros; pois vamos vêr que uma nova transformação se opera agora e que erros mais grosseiros ainda vão dar-se d'esta vez sobre a personalidade de perseguido.

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