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Atualizado: 29 de junho de 2025
Em rigor, nem o termo é novo, porque antes o tinham empregado, entre outros, Broc e Dogonet, nem a definição da doença absolutamente original, porque desde Esquirol se havia reconhecido a existencia de um delirio ambicioso idiopatico. O que de original e novo existe no trabalho de Foville é a maneira de estudar a génese do delirio de grandezas e as relações d'elle com a doença de Lasègue.
Só em 1869 Foville, retomando a questão na sua excellente memoria sobre a Loucura com predominio ao delirio de grandezas, procurou interpretar, sobretudo, a passagem tão frequentemente observada agora que a attenção dos clinicos incidia sobre ella do delirio de perseguições ao de grandezas.
Emfim, o inevitavel desejo de explicar, coevo da humanidade, indisciplinada e temerariamente semeou de fragmentarias notas pathogenicas o proprio periodo analytico do nosso thema, como se viu em Lasègue e em Foville, tentando filiar n'uma autoobservação consciente as idéas delirantes.
Assim, por exemplo, quando ainda o pratico espirito francez se occupava em fazer pelas pennas de Lasègue e de Foville a minuciosa descripção clinica dos delirios systematisados de perseguição e de grandezas, já o cerebro allemão, que os tinha entrevisto, prematuramente lhes assignalava pela voz de Griesinger urna hypothetica pathogenia.
Haverá n'este caso, como pretendia Foville e como á saciedade se tem repetido, uma transformação consciente e raciocinada? O que acabamos de dizer sobre a direcção exclusivamente objectiva da attenção do perseguido, faz desde já suppôr o contrario.
Assim, temos notado que esta fé n'uma origem illustre, que esta crença n'uma imaginaria fortuna é relativamente frequente nos filhos naturaes que véem a cahir na loucura. São elles principalmente os preparados para ás idéas de perseguição juntarem um novo romance em que dominam as concepções de grandeza, as substituições ao nascer, as confusões de pessoas» . Foville, Loc. cit., pag. 346.
Como se vê, Foville não faz senão seguir a orientação psychologica de Lasègue, que explicava pela intervenção de um raciocinio a passagem, no delirio de perseguições, do periodo prodromico ao de estado. Um processo logico, essencialmente deductivo e syllogistico preside tambem, segundo Foville, á génese das idéas ambiciosas que derivam de um delirio persecutorio.
Ora, sendo a hypothese do allucinado-delirante mais frequente que a do delirante-allucinado, é tambem mais vulgar o perseguido-megalomano que o megalomano-perseguido. Posto isto, que serve para mostrar que não é meramente accidental a passagem de um delirio a outro, Foville, estreitando mais o assumpto, deriva á explicação do modo intimo por que ella se realisa.
Magnan, por exemplo, acceitava-o ainda em 1886 e dava-lhe curso nos trabalhos dos seus discipulos. Como Foville, o medico de Sant'Anna admittia que nos delirios systematisados a allucinação póde tanto ser um symptoma derivado da persistencia de conceitos falsos, como um phenomeno primitivo sobre que assenta e de que procede a ideação pathologica.
Segundo Foville, na loucura parcial, de que são escólas o delirio de perseguições e a megalomania, toda a symptomatologia essencial se reduz a concepções delirantes e erros sensoriaes, podendo estas duas ordens de factos manter entre si relações diversas, que importa muito considerar para a comprehensão da pathogenia.
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