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Falret, Des maladies mentales Delasiauve, Les Pseudomonomanies «Tem-se negado, escrevia Esquirol, a existencia dos monomaniacos, dizendo-se que os alienados não deliram nunca sobre um objecto, mas que sempre n'elles perturbações da sensibilidade e da vontade.

No seu Tratado das Doenças Mentaes affirma Esquirol que o termo monomania adquiriu direitos de cidade pela, introducção no diccionario da Academia Franceza, e felicita-se por isso.

Recebendo a influencia tradicional dos seus predecessores, Esquirol transmittiu-a, reforçada pela sua grande auctoridade, aos alienistas que lhe succederam na primeira metade d'este seculo.

O estudo minucioso dos symptomas absorvia as attenções, relegando a um plano subalterno o das causas e da evolução das doenças. Embora combatidas quasi desde a sua introducção na sciencia, as monomanias de Esquirol triumphavam ainda então: o delirio de perseguições era uma monomania, o delirio de grandezas, outra.

Primitivamente creada para designar o mesmo que a melancolia dos antigos uma affecção parcial do entendimento, acompanhada quer de tristeza, quer de expansão, a palavra monomania foi insensivelmente generalisada pelo proprio Esquirol no sentido de exprimir uma doença, ou desvio parcial de qualquer faculdade: ao lado de uma monomania intellectual, tem logar uma monomania affectiva e uma monomania impulsiva.

Em rigor, nem o termo é novo, porque antes o tinham empregado, entre outros, Broc e Dogonet, nem a definição da doença absolutamente original, porque desde Esquirol se havia reconhecido a existencia de um delirio ambicioso idiopatico. O que de original e novo existe no trabalho de Foville é a maneira de estudar a génese do delirio de grandezas e as relações d'elle com a doença de Lasègue.

TRABALHOS INGLEZES E NORTE-AMERICANOS: CLOUSTON Clinical lectures on mental diseases; HAMMOND A Treatise on insanity; HAC TUKE AND BUCKNILL A Manual of Psychological medicine; MAUDSLEY Pathlogy of Mind; SPITZKA A Manual of Insanity. De Areteo a Esquirol Confusão dos delirios systematisados com a melancolia A monomania intellectual e as suas fórmas depressiva e expansiva.

O livro publicado por Legrand du Saulle, sob o titulo de Delirio de perseguições, em 1871, valioso, certamente, pela copia de observações e pelos detalhes de analyse clinica, nada tem, no fundo, de original, embora tentem proclamar o contrario estas ambiciosas palavras do prefacio: «A despeito da sua extrema frequencia e dos seus tão claros caracteres distinctivos, o delirio de perseguições achou-se confundido com a melancolia de Pinel, com a lypemania de Esquirol, com a monomania depressiva de Baillarger; é ahi que eu vou buscal-o para o estudar nas suas diferentes phases, para o constituir de toutes pièces e fazer d'elle uma especie á parte» . Dezenove annos antes fizera Lasègue, como vimos, o que n'esta passagem se annuncia.

Delirios systematisados, emoções procedentes de idéas obsediantes, impulsos cegos e irresistiveis, tudo entra no quadro da monomania o mais amplo, diz Esquirol, de toda a classificação.

De sorte que, se os antigos, desviando a palavra melancolia do significado que Areteu lhe dera, chamaram a um grupo delirios do caracter diverso e lançaram assim na sciencia uma grande confusão, Esquirol não fez senão augmental-a pela creação das monomanias. Como quer que seja, o immenso e, por innumeros titulos, justificado prestigio d'este observador fez correr a palavra e a doutrina.

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