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Assim, n'esta paixão que me devora, Se aos labios essas syllabas me assomam, As negras sombras da minha alma tomam Gradualmente o explendor da aurora! Toda a idéa recua um passo, Aplanam-se os dominios do futuro, E do crystal mais transparente e puro Se me arqueia a abobada do espaço!

Não é porque este snr tenha opinião nem que este snr seja da igualha do resto de Portugal mas o resto de Portugal e este senhor em materia de opinião são da mesma igualha. Um dia um senhor grisalho disse-me em meia-hora os seus conhecimentos sobre Arte. Quando acabou a meia-hora descobri que os conhecimentos do senhor grisalho sobre Arte eram os mesmos que o Ex.^mo senhor Dr. José de Figueiredo usava para me pedir um tostão. Pensa o leitor que faço a anedocta? Antes fôsse. Mas a verdade é que eu estou muito triste com esta furia de incompetencia com que Portugal participa na Guerra Europeia. E que horrôr, caros compatriotas, deduzir experimentalmente que de todas as nossas Conquistas e Descobertas apenas tenha sobrevivido a Imbecilidade. E daqui a indiferença espartilhada da familia portugueza a convalescer á beira-mar. Algumas das raras energias mal comportadas que ainda assômam

N'um trem de praça arengam dois dentistas; Um tropego arlequim braceja n'umas andas; Os cherubins do lar fluctuam nas varandas; Ás portas, em cabello, enfadam-se os logistas! Vasam-se os arsenaes e as officinas; Reluz, viscoso, o rio, apressam-se as obreiras; E n'um cardume negro, herculeas, galhofeiras, Correndo com firmeza, assomam as varinas. Vem sacudindo as ancas opulentas!

E a gente rompe por entre elles com a sobranceira indifferença de quem tem desde pela manhã, no bolso do collete, o divertimento que elles nos offerecem, esbofando-se. No theatro Baquet ha sussurro nos corredores. No theatro lyrico entram as senhoras, cobertas d'arminhos, friamente silenciosas, e assomam aos camarotes com a estudada compostura de quem vae ser retratado.

E os archanjos da rua assomam na poeira Que exhala o macadam, trazendo em cada olheira O astro creador das grandes sensações! E quando a cotovia á estrella matutina Mandar a saudação, fora, em pleno céo, Romeu tu beijarás, que é tua eterna sina, A trança da belleza anemica e franzina Que entre os fumos da festa, a amar, adormeceu!

E quando a noite vai longa, longa a ponto que parece interminavel, quando a presença d'um ente organisado assusta e apavora, porque os vultos dão visões d'espectros, n'aquelles cataclysmos e inversões de todas as normas por que physicamente se governa a humanidade do seio d'este cahos, do vacuo de todos estes ruidos, da solidão infinda de todas estas planuras assomam os lampejos d'uma luz vaga, indecisa, e bruxuleante robustecem-se, avivam-se, condensam-se, animam-se, fulguram, e em duas columnas investem com o horisonte, aproximam-se do zenith, e desdobram-se n'uma corôa de fogo, que resplandece, offusca, e afaga na pallidez dos planos em que se desenha, os montes, pyramides e arcarias de gelo com que as solidificações da agua teem revestido a terra.

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